INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

Menina vietnamita põe fim ao bullying fazendo de si mesma “uma rainha”

Casos de preconceito contra os americanos de origem asiática são cada vez mais crescentes nos Estados Unidos. Muitos sofrem preconceito por causa dos traços do seu rosto, pela altura, pela cor da pele, pelo cabelo ou até mesmo pelo modo de se vestir. Alguns imigrantes que não falam inglês também são intimidados porque são “asiáticos demais”. Os perpetradores desse bullying geralmente são colegas de escola, de faculdade ou de trabalho; ou seja, gente com quem o convívio é quase obrigatório.

Para uma imigrante vietnamita nos Estados Unidos, superar as provocações e intimidações forçou-a a fingir ser realeza a fim de calar os preconceituosos.

Tina, que na internet denomina-se @babyvietcong, viralizou nas redes sociais depois de compartilhar sua história sobre como ela pôs fim ao bullying que sofria da maneira mais inteligente e peculiar. Ela compartilhou sua experiência no ensino fundamental através do Twitter.

“Eu me lembro que sofria muito preconceito na escola primária por não falar inglês, então menti por uma semana que, quando morava no Vietnã, eu era da realeza, e usei essa imagem para sustentar a história. Mandei os valentões americanos calarem a boca muito rapidamente e eles me perguntaram se eu realmente vinha de uma família famosa ”, escreveu no tweet que obteve 44.000 retweets, 200 comentários e mais de 180.000 likes antes de ser excluído.

Tina e sua família se estabeleceram em Nova Jersey quando ela tinha apenas sete anos de idade. Ela costumava ser uma garota extrovertida, mas depois de se sentir uma estranha em seu novo ambiente – descrito por ela como um “bairro de subúrbio essencialmente habitado por brancos” – porque ela não falava ou se portava como as outras crianças, de repente tornou-se introvertida.

“Eu definitivamente não repetiria minha infância se tivesse a chance”, disse Tina em um canal de notícias online.

Ela estava acostumada com seus colegas rindo dela e ignorando-a. No entanto, as coisas mudaram significativamente quando ele apresentou uma foto dela vestida com uma roupa real durante um show. Seus colegas de classe realmente acreditaram que ela vinha da realeza e não só deixaram de praticar bullying contra ela como começaram a imitá-la.

Tina não é a única a fingir ser parte de uma família real. Muitos imigrantes asiáticos da China, da Coréia do Sul, ou de Bangladesh, para citar alguns, usaram a mesma estratégia para se esquivar da intolerância nos Estados Unidos.

Alguns usuários do Twitter levaram para a seção de comentários das fotos de Tina, muitas fotos de si mesmo usando roupas parecidas com as “roupas reais” dela.

“Foi um tweet divertido, mas as respostas que recebi a partir desse post nos revelam a sociedade em que vivemos, onde as pessoas realmente precisam se preparar para enfrentar preconceito ou assédio”, disse Tina. “Eu acho que esse problema vai além dos casos individuais de bullying e que se originou de um problema social muito mais profundo”.

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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de Nation.
Fotos: Reprodução/Twitter.

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