Ana Serafim, uma advogada de 46 anos que vive em Varginha, Minas Gerais, viralizou nas redes sociais ao compartilhar um vídeo em que faz uma revelação surpreendente: a terapeuta que a auxiliou durante seu divórcio agora é a atual parceira de seu ex-marido. Em um depoimento franco e detalhado, Ana compartilhou como descobriu esse relacionamento mantido em segredo.
A repercussão do vídeo pegou Ana de surpresa: “Foi e tem sido bem inesperado tudo isso. Algumas pessoas julgam, falam que eu ainda gosto dele, mas a maioria esmagadora das mulheres tem compartilhado suas próprias histórias e pedem, inclusive, para eu contar, pois elas não têm coragem. Me tornei uma ‘contadora de histórias’ — e nem sabia desse ‘dom'”, diverte-se.
No entanto, em agosto de 2023, quando soube do relacionamento dos dois — o ex-marido e a terapeuta —, Ana ficou bastante impactada. “Eu achei que estava doida. Era uma situação muito surreal e quase impossível na minha concepção”, admitiu ela, à CRESCER. A advogada explicou que a ideia de gravar o vídeo surgiu em fevereiro. “Na época, fiz um comentário na página de um humorista no Instagram e esse comentário viralizou. Então, eu decidi gravar o vídeo, mas nunca imaginei que tomaria essa proporção”, completa.
Com a repsercussão do caso nas redes sociais, o vídeo de Ana acabou chegando ao ex-marido e a atual namorada, que não gostaram nada de a história ter se tornado pública. “O pai dos meus filhos me ofendeu profundamente na última conversa sobre o vídeo. Me chamou de coisas que eu sei que não sou, e decidi que não quero nenhum contato. Meu único assunto com ele são as crianças. Sobre ela, também nunca mais a vi. Ela se vitimiza, fala que não era ‘minha terapeuta’, que me atendeu ‘poucas vezes’. Mas nós duas sabemos a verdade”, completou. De acordo com Ana, a atual companheira do marido é terapeuta holística [profissional que utiliza de técnicas como acupuntura, reiki, aromaterapia, meditação, entre outras] e trabalha com psicologia transpessoal.
Confira, abaixo, ao relato de Ana que viralizou nas redes sociais. No depoimento, ela chama o ex-marido de “Jovino”, um nome fictício.
“Em janeiro de 2023, Jovino saiu definitivamente de casa. Quem já se divorciou sabe que, mesmo sendo amigável, é um processo doloroso, ainda mais quando tem crianças pequenas envolvidas. E um mês depois, ele falou: ‘Encontrei o amor da minha vida. Ela é ‘uma em um milhão’. A mulher perfeita. Para você ter ideia, ela fez curso de modelo com a Gisele Bundchen’. Ele disse que estavam muito apaixonados, e tudo estava se encaminhando com muita naturalidade, e afirmou: ‘A gente vai se casar, ela vai se mudar aqui para a nossa cidade…’.
Eu perguntei há quanto tempo eles estavam namorando, e ele respondeu: ‘Há duas semanas’. É, gente, Jovino é uma pessoa emocionada! Ele a conheceu em um aplicativo de relacionamento e foi ‘amor à primeira vista’ — ela era perfeita, maravilhosa… Mas passaram-se uns dois meses, e ele descobriu que ela era uma ‘golpista’. Esse homem ficou acabado, ele foi ao fundo do poço. Ele tinha certeza absoluta que apenas um mês depois de terminar um casamento de dez anos, com dois filhos pequenos, ele iria encontrar o amor da vida dele num app de relacionamento! Ele chegou aqui em casa acabado, só ‘pele e osso’. Ele me pediu ajuda, mas, por mais que a gente tivesse uma amizade, se desse bem, eu não ia fazer nada. Foi, então, que indiquei a terapeuta que me ajudou no processo de separação.
Então, gente, fui eu que mandei ele pra ela! Eu que encaminhei! Pois, bem, ele começou a frequentar as terapias na casa da terapeuta que, até então, era casada. Até que um dia, aqui em casa, enquanto conversava com uma amiga em comum, ela falou: ‘Olha, a terapeuta se separou, você está sabendo?’ Jovino estava no meu sofá, e eu perguntei para ele: ‘Sabia que a terapeuta se separou?’ E ele: ‘Sim’. Eu perguntei: ‘Mas quem te contou?’. E ele disse: ‘Foi ela’. Na hora, lembro de pensar: ‘Nossa, que terapia é essa, gente, que a terapeuta fala para o paciente que está se divorciando?’. Essa foi a primeira ‘luzinha’ que se ascendeu aqui. Então, eu comecei a observar.
Outro dia, liguei para essa amiga e falei: ‘Você vai achar que é loucura minha, mas meu ex está com a terapeuta’. E ela: ‘Imagina, você é louca, ela acabou de se divorciar. Além de tudo, ela é ética, né? Ela tratou de você, ela sabe da sua intimidade, ela sabe de tudo o que você passou com ele. Não tem sentido nenhum isso’. Mas, enfim, chegou agosto, meu aniversário, meu ex chegou aqui com um presente — um produto que a terapeuta costumava vender —, e disse que ela havia mandado ele me entregar. Eu achei estranho e fui olhar as redes sociais dela. Nisso, ela postou uma foto de uma paisagem com uma música (já bastante conhecida aqui, em outra língua). Meu ex é estrangeiro. Na hora, eu falei: ‘Esses dois estão juntos’.
Gente, era uma coisa tão impossível, tão surreal, mas eu acreditei na minha intuição. Saí, peguei o telefone, liguei para ela [a terapeuta] e falei: ‘Oi, tudo bem? Como está o tratamento do meu ex?’ E ela respondeu: ‘Oi querida, não, eu não trato ele no particular. Ele só faz terapia em grupo’. E eu falei: ‘É, no particular você está cuidando, né?’. E ela disse: ‘Como assim?’ E aí eu disse: ‘Eu sei de tudo’. Joguei verde, gente! Ela disse: ‘Não, Ana, porque você está falando isso? Que absurdo!’ E eu reforcei: ‘Eu sei de tudo, só estou te ligando para perguntar se no momento em que você começou a se relacionar com meu ex marido, você pensou na dor que me causaria? Com ele, eu não tenho nada, meu assunto é com você’. E ela disse: ‘Ai, Ana, claro que eu pensei. Eu cuidei de você com muito amor e agora eu tô cuidando dele com muito…’
Eu falei: ‘Para’. Ela disse que se sentiu ofendida e não iria permitir que eu a colocasse em um lugar que não era dela. Eu disse: ‘Estou te colocando no seu lugar’. Eu falei um monte de palavrão, gente, as galinhas da angola aqui no quintal começaram a fazer barulho e eu passei no meio delas igual a ‘Priscila, Rainha do Deserto’, porque minha intuição estava certa. Bingo! Resultado: ela se mudou para a minha cidade, os dois moram juntos, são um casal, tudo público e notório! E a trouxa aqui tem que engolir, porque eles acham que não fizeram absolutamente nada demais, que eu sou louca e que eu ainda gosto dele! Fim!”
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Fonte: Revista Crescer.
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