Holly Riordan escreveu para o site Thought Catalog um texto falando sobre o sentimento de se achar “ser odiada por todos.” Claro, não precisamos achar que somos queridos por todos, isso é quase impossível. Mas existem diversas situações em que as pessoas não estão nos odiando e ainda assim nos sentimos ameaçados.
Sentir-se assim pode ser um sintoma de que a sua ansiedade está te dominando.
Abaixo, uma tradução adaptada do texto de Holly Riordan sobre essa face de sua ansiedade.
“Por causa da ansiedade, eu levo tudo para o pessoal. Se demoram a me responder, começo a fazer suposições como essas: Não querem falar comigo. Eu sou um peso para eles. Estão me ignorando de propósito. Não gostam de mim. Me odeiam.
Tenho medo de puxar conversa também. Quando sei que minha mensagem foi vista e não respondida, até meu estômago dói. Eu fico completamente sensível. E se me responderem em uns cinco minutos, irei checar os mínimos detalhes. Se a mensagem for curta, acabo achando que me responderam apenas por educação. Me arrependo de ter começado a conversa.
Não importa o quanto tempo somos amigos. Irei buscar constantemente garantias de que você gosta de mim. E caso eu veja que não, pensarei nos piores cenários possíveis. Supondo que fiz algo, que sou algo de ruim, qualquer coisa para eu justificar a ideia de que não me querem mais por perto.
Minha ansiedade me faz remoer todas as situações. Não importa se alguém teve que trabalhar até tarde e faltou tempo para me encontrar. Eu duvido de qualquer desculpa. Tudo só vai me fazer crer que não querem me ver. Os sentimentos ansiosos me fazem acreditar que o mundo está contra mim. Suponho que se algo ruim pode acontecer, vai acontecer. E fica mais difícil ser otimista porque já passei por momentos ruins.
Eu nunca sei o que dizer numa conversa. Ou viro uma pessoa quieta ou agitada demais. Não sei ser simplesmente “normal.” Me sinto fora da multidão. Suponho que meus familiares, amigos e qualquer estranho que se direciona a mim, estejam rindo de quem eu sou nas minhas costas.
Namorar, por exemplo, me traz diversos problemas. Flertar é confuso. Nunca respondo de volta, sempre penso que estão apenas sendo legais comigo. Mesmo que seja claro o interesse, nem alimento esperança. Me convenço de que assim que descobrirem meu “eu-verdadeiro” perceberão que não valho a pena.
Minha ansiedade me faz duvidar das minhas qualidades, o que me faz duvidar de todos ao meu redor. Quando alguém me elogia, eu não acredito. Quando alguém diz que me ama, eu duvido mais ainda. Não consigo ver como pode ser verdade que alguém goste de mim pelo que sou.
Por causa de tantos sentimentos ansiosos, não vejo meus valores, enxergo apenas milhares de defeitos.”
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Texto traduzido e adaptado de Thought Catalog
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