Mulher acusada de abandonar bebê se defende: “Meu filho está na minha barriga”

Grávida de oito meses, Paola Borges teve a vida virada de ponta cabeça depois de ser vítima de um boato infundado. A jovem, que mora em Campos, no Norte Fluminense, tem sido acusada nas redes sociais de ser a mãe e a responsável por abandonar um bebê recém-nascido encontrado dentro de uma caixa de papelão no último dia 1º de abril.

O boato surgiu pelo simples fato de que Paola reside nas proximidades do local onde o bebê abandonado foi encontrado, no Parque Nova Brasília. E a fake news tem trazido consequências desagradáveis para a gestante.

“Estão compartilhando a minha foto grávida e estão dizendo que eu sou a mãe que abandonou o filho […] Estou grávida ainda, meu filho está na minha barriga! Agora estou recebendo prints e áudios de pessoas em grupos falando que vão me linchar na rua”, contou Paola.

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Paola Borges foi acusada de ter abandonado filho recém-nascido mesmo ainda estando grávida — Foto: Reprodução/Redes sociais.

Com a tensão causada pelas ameaças, Paola precisou recorrer a atendimento médico.

“Estou nervosa com essa história. Já fui parar no hospital e meu filho está querendo nascer antes da hora por causa do nervosismo que eu estou passando”, desabafou.

Como esclarece a delegada adjunta da 134ª DP, Natália Patrão, espalhar mentiras pela internet pode trazer problemas sérios na justiça.

“A divulgação de imagens e notícias falsas pode desencadear, a depender do fato, calúnia, injúria ou difamação, cuja a pena pode variar de oito meses, no mínimo, a dois anos e oito meses”, explicou a delegada. “A mulher grávida que estão suscitando ser a autora não procede”, ressaltou Natália.

Segundo a delegada, ainda não foi possível saber quem foi o autor ou autora do crime.

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Recém-nascido foi encontrado dentro de caixa de papelão em Campos, RJ; ele está estável e segue internado no Hospital Plantadores de Cana — Foto: Divulgação/HPC.

“As imagens captadas até o momento não foram esclarecedoras o suficiente para identificação da autoria. A imagem que a gente conseguiu, até o momento, é de baixa qualidade, não é suficiente para mostrar placa de veículo, feição das pessoas que transitavam na calçada”, afirmou a Natália.

O caso segue sendo investigado pela 134ª DP.

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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de G1.
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