A britânica Kelly Heather, 38 anos, mãe de quatro filhos, enfrentou uma batalha contra um melanoma em estágio quatro que foi complementado para o cérebro durante sua última gravidez. Ela acredita que sua situação poderia ter sido evitada caso os médicos realizassem exames adicionais em etapas iniciais.
Heather ouviu os primeiros sinais do problema em 2017, quando notou uma linha escura na unha do dedo médio. Após uma consulta médica e exames iniciais, foi informado que não havia motivo para preocupação. No entanto, a linha escureceu rapidamente e, em três meses, ela recebeu o diagnóstico de melanoma subungueal, uma forma grave de câncer de pele.
“Prefiro isso do que o câncer se espalhou”, disse Heather, que passou por várias cirurgias, incluindo a amputação do dedo afetado. Após a operação, ela solicitou exames complementares, mas os médicos negaram. “Acredito que o câncer teria sido detectado antes de atingir meu sistema linfático”, afirmou.
Dois anos depois, Heather descobriu um nódulo na axila e recebeu o diagnóstico de melanoma metastático. Após a remoção de 20 linfonodos e tratamento com imunoterapia, entrou em remissão em 2024. No entanto, em dezembro do mesmo ano, grávida de 35 semanas, sofreu uma convulsão causada por um tumor cerebral relacionado ao melanoma.
Apesar do risco, Heather conseguiu dar à luz seu filho, Te-Jay, no dia 9 de dezembro. Duas semanas após o parto, passou por uma cirurgia cerebral para remover o tumor, mas partes inoperáveis foram tratadas com radiação.
Um novo desafio surgiu com a notícia de que há 25% de chance de o câncer ter sido transmitido ao bebê, que é monitorado regularmente. Até o momento, Te-Jay está saudável.
“Acho que não aceitei totalmente que tenho câncer terminal. Me questionei o que teria acontecido se eu tivesse feito aquele exame que implorei. Sinto que as coisas poderiam ter sido tratadas de forma diferente”, desabafou.
O caso de Kelly Heather chama atenção para a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento adequado no tratamento do melanoma, um dos tipos mais agressivos de câncer de pele.
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