A autraliana Amie Skilton, de 42 anos, é hoje uma mulher perfeitamente saudável, mas nem sempre foi assim. Aos 37 anos, ela já teve que enfrentar crises graves de demência e chegou a esquecer até o próprio nome.
A situação comoplicada vivida por Amie tem explicação no fato de que a australiana é geneticamente vulnerável às toxinas liberadas pelo mofo. Essa característica pode desencadear uma grande resposta inflamatória no organismo e provocar danos nos órgãos.
Chamado também de bolor, o mofo é o fungo que se desenvolve em lugares bastante úmidos, escuros e sem circulação de ar. A maioria das pessoas só associa o bolor a problemas respiratórios, como alergias e asma, mas a verdade é que os efeitos dele podem bem mais graves.
Em 2017, quando Amie tinha 37 anos, ela havia acabado de participar de uma corrida de 9 km nos Estados Unidos e se sentia “perfeitamente saudável”. Em entrevista ao portal australiano de notícias News, Amie afirmou: “Meu cérebro e meu corpo estavam bem”.
Amie, no entanto, passou a se sentir mal, com muito cansaço, e a ganhar peso. “O primeiro sintoma que percebi foram alergias, alergias crônicas, e ganhei uns 10 kg do nada. Eu sou nutricionista e tive o mesmo peso a vida toda. Engordei 10 kg em questão de meses e tive uma fadiga muito ruim”, explicou Amie ao site australiano.
Depois de alguns meses, a australiana notou que suas funções cerebrais também começaram a declinar. Ela passou a ter dificuldade para se concentrar e trabalhar. Em determinando momento, ela esqueceu o próprio nome.
“Não conseguia decidir o que vestir. Olhava para as roupas e ficava muito confusa. Até que um dia fui preencher um formulário, estava vendo o espaço para o meu nome e fiquei pensando: ‘Qual é mesmo?’. Eu fiquei olhando o espaço em branco e tentando lembrar [o nome]”, contou ela.
Amie então se consultou com uma neurologista e foi diagnosticada com Alzheimer inalatório. Mas o diagnóstico não veio rápido, uma vez que ela não tinha ciência de que a impermeabilização do seu banheiro não estava funcionando e a água do banho dela e do marido vazava para debaixo do tapete e para todo o seu apartamento, em Sydney, na Austrália.
De acordo com Amie, seus exames médicos não apontavam nenhum problema. “Foi exatamente isso que aconteceu. Tudo estava bem, contagem de glóbulos brancos boa, contagem de glóbulos vermelhos boa. Poucos profissionais de saúde são treinados, o que faz com que a maioria das pessoas acabe sendo diagnosticada com problemas como síndrome da fadiga crônica ou fibromialgia porque apresentam sintomas semelhantes”, relatou a nutricionista.
Quando uma amiga de Amie comentou o problema que o marido dela sofria por causa do mofo, resultado da umidade extrema de sua casa, ela finalmente entendeu o que estava lhe acontecendo.
A partir dessa descerta, Amie contactou um encanador – que não descobriu nada – e um biólogo de construção para que fizessem uma avaliação da umidade e descobriu que a água tinha ido para debaixo do tapete e se espalhado por todo o caminho para o quarto e o escritório.
“O tapete parecia totalmente bom em cima, mas, quando foi levantado, havia todo esse mofo preto. Quando finalmente tiramos a capa do colchão, o colchão estava verde”, disse a nutricionista ao portal de notícias.
Com o diagnóstico, ela passou por tratamento e mudou de casa. Hoje aos 42 anos, Amie está saudável e tomou para si a missão de ajudar outras pessoas a descobrir possíveis problemas de saúde relacionados aos fungos que se formam em lugares com alta umidade.
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de R7.
Fotos: MONTAGEM R7/REPRODUÇÃO INSTAGRAM @THATNATUROPATH.
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