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Mulher viraliza com vídeo arrumando mala após dar à luz bebê de amiga: “Dor da despedida”

Viralizou no TikTok recentemente um vídeo em que uma mulher aparece arrumando sua mala após receber alta da maternidade. Ela deu à luz um bebê, mas vai levá-lo para casa. Já é a segunda vez que a maquiadora Luciene Melo (@eu.lumelo), 38 anos, de Goiâna, Goiás, gera o filho de outra pessoa. “A dor da despedida quando você recebe alta da maternidade sendo barriga solidária”, escreveu ela na legenda. “É dilacerante”, completou.

As impactantes imagens desperatram diferentes reações nas redes sociais. “Sem estrutura emocional para ser barriga solidária. Não iria aguentar”, comentou uma pessoa. “Eu não serviria para ser barriga solidária, pois ia ser uma briga. Eu não ia querer entregar o bebê”, escreveu outra. “Acho um gesto tão nobre e corajoso”, opinou mais uma.

Mas Luciene também precisou lidar com muitos comentários ofensivos a partir da viralização do vídeo.

“Foi uma surpresa. Não imaginava que teria tanta repercussão. Fiz aquele vídeo em um momento que estava chorando muito, pois seria o último dia que eu veria o bebê na maternidade”, contou. “Mas o preconceito e o desconhecimento sobre a causa é assustador. Recebo muitas mensagens de carinho, mas também muito hate, desconfiança, julgamentos… Tento absorver somente os bons”, garantiu.

Em entrevista à revista CRESCER, ela confessou que o pós-parto é a parte mais difícil. “A gestação é ‘fichinha’. O pós-parto é terrível. Por mais que eu saiba que o bebê não é meu, o corpo e os hormônios pedem por aquele bebê. A mente entende, mas o corpo não. É como se você vivesse o luto de um bebê vivo. É uma sensação de dever cumprido, mas é um laço que se rompe com a presença do bebê”, lamentou.

A maquiadora é mãe de Kaike, de 18 anos, e, nos últimos anos, já gerou dois bebês para amigas diferentes. “Eu já era doadora de sangue, sou doadora de medula óssea, sou voluntária em asilos e hospitais infantis. A barriga solidária veio para completar o ‘pacote de doações'”, brincou Luciene. “Decidi ser em 2021, quando a minha primeira amiga precisou de uma barriga solidária”, explicou. Mas, segundo ela, “o vínculo é para sempre”. Tanto que se tornou madrinha dos dois bebês.

Luciene disse que a primeira gestação foi tranquila, apesar de ter sido diagnosticada com diabetes gestacional. “Mas tirei de letra e deu tudo certo. Engordei apenas 5 quilos”, disse. “Os partos foram tranquilos também. A primeira cesárea foi com 38 semanas e 2 dias. Já o segundo gestei até 36 semanas. Por conta do diabetes, tive a tentativa do normal, não consegui, então fomos para uma cesárea”, contou.

Segundo ela, seus amigos e familiares ficam felizes por vê-la ajudando outras pessoas. “Eles já sabem do meu comportamento. Eu sou uma pessoa que ajuda muito meus familiares”, afirmou. E quando questionada se pretende ser barriga solidária novamente, ela diz: “Infelizmente não”. “Demanda muito do meu tempo e da minha saúde, e já me dou por satisfeita em ter ajudado duas familias. Agora, meu foco será ajudar outras pessoas a se informarem sobre barriga solidária”, finalizou.

@lumelo.eu 😭🥲 é dilacerante #fyp #fy #foryou #vaiprofycaramba #uterodesubstituicao #barrigasolidaria #lutomaterno ♬ it will rain – sᴀʏᴜʀɪ

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Destaques Psicologias do Brasil, com informaçõe da Revista Crescer.

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