COLABORADORES

Mulheres de 30 que não são mães

Sim, elas estão por aí. Mulheres com 30 anos de idade, casadas ou solteiras, mas que escolheram ter filho só depois dos 30. Por mais natural que possa ser, na sociedade ainda é uma aberração, prova disto são as cobranças diretas e indiretas de que ser mulher é sinônimo de ser mãe. Mas não estou falando aqui de mulheres que decidiram  não ser mães, me refiro aquelas que escolheram chegar aos 30 ocupando muitos outros papéis e não o papel de mãe. Se é certo ou errado?

Acredito que não existe um período certo para a maternidade, sei que a idade é algo que pressiona muitas mulheres devido à baixa da fertilidade ou outros fatores biológicos. Por isso, considero de extrema importância olhar para esta situação (de ser mãe) como mais um processo de escolha de vida.

Vários motivos e razões, hoje,  fazem as mulheres deixarem a maternidade para mais tarde, como aproveitar a liberdade, desenvolver-se profissionalmente, alcançar estabilidade financeira, construir uma relação a dois sólida, ter mais maturidade, aproveitar e desfrutar a juventude, sair mais tarde da casa dos pais; e pra ser bem sincera, não acredito que a escolha esteja embasada em único motivo, mas vários destes.

A questão é estar consciente do que sua decisão implica, ter filho aos 20 ou depois dos 30 tem muita diferença, você está disposta a quê? Já pensou sobre isso ou vai deixar as coisas acontecerem? Ao deixar as coisas fluírem você pode não dar conta de lidar com os riscos de uma gravidez tardia ou com os riscos da falsa ideia romântica de ser mãe, ou seja, toda escolha tem ganhos e perdas, por isso cada mulher deve entender a maternidade dentro do seu contexto biológico, psicológico e social, porque a melhor escolha é aquela mais consciente, não a que acontece determinada/regida pelo tempo – no auge da juventude ou da maturidade.

O que quero dizer com tudo isso é que cada mulher terá que descobrir o que cabe para si, conheço mães de 40, 35 anos que ficaram grávidas “naturalmente”, sabe o que isso quer dizer? Que não há regras. Você precisa se conhecer, conhecer seu corpo, seu funcionamento, sua prioridade, pois eleger prioridade  e abdicar da maternidade para ter uma vida financeira organizada, uma vida profissional estruturada sem reconhecer  consequências pode ser uma grande cilada e fonte de frustração. Independente do período de vida escolhido para maternidade existirão pontos positivos e negativos, conheça-os e terá maior habilidade para conduzir os percalços do caminho.

Angelica Neris

Olá, sou psicóloga e professora de língua espanhola. Trabalho como psicoterapeuta de casais, famílias, indivíduos e grupos, além da psicoterapia atuo em projetos de saúde laboral, psicologia do esporte e do exercício e orientação profissional.

Recent Posts

Dicas para controlar os gastos e economizar nas compras

Você ama comprar roupas, mas precisa ter um controle melhor sobre as suas aquisições? Veja…

24 horas ago

Minissérie lindíssima da Netflix com episódios de 30 minutos vai te marcar para sempre

Qualquer um que tenha visto esta minissérie profundamente tocante da Netflix vai concordar que esta…

1 dia ago

Saiba o que é filofobia, a nova tendência de relacionamento que está preocupando os solteiros

Além de ameaçar os relacionamentos, esta condição psicológica também pode impactar profundamente a saúde mental…

1 dia ago

‘Mal posso esperar para ficar cega’; diz portadora de síndrome rara cansada de alucinações

Aos 64 anos, Elaine Macgougan enfrenta alucinações cada vez mais intensas conforme sua visão se…

2 dias ago

Pessoas que se sentiram ‘excluídas’ na infância costumam desenvolver estas 11 características na vida adulta

Segundo a psicóloga Drª. Alexandra Stratyner, “a infância é um período crucial para o nosso…

2 dias ago

Economia nos cuidados diários: como higienizar seu pet em casa corretamente?

Manter o ambiente limpo e uma boa higienização, além de idas regulares ao médico, são…

2 dias ago