Por Camila Almeida
O maior estudo relacionando gênero e dados revelou: os códigos escritos por mulheres são mais bem classificados que os dos homens, quando quem os avalia desconhece a autoria. Agora, a má notícia: essa avaliação cai muito quando as programadoras mulheres revelavam sua identidade online.
A pesquisa foi desenvolvida pelas universidades estaduais da Califórnia e da Carolina do Norte. Eles analisaram o comportamento dos usuários no portal GitHub, que tem uma comunidade de mais de 10 milhões de usuários. E a informação de gênero está presente em apenas 1,4 milhão de perfis.
Investigando qual o papel do gênero em como as autorias dos códigos são percebidas na plataforma, os pesquisadores focaram em analisar os “pull requests”, que são os pedidos para colaboração e adição de informações nos projetos mantidos por outros membros. Aí, se o dono do projeto gostar da sugestão, ela é adicionada.
Os “pull requests” feitos por mulheres são mais aceitos (78,6%) que os feitos por homens (74,6%). Só que, se a mulher opta por identificar seu gênero, esse número cai para 62,5%. A pesquisa está disponível online e, apesar de ainda não ter sido revisada, parece revelar um sério problema de gênero no mundo do código aberto e da ciência da computação.
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