Está nos planos do governo da Finlândia, liderado por mulheres, conceder aos pais o mesmo tempo de folga remunerada que as mães recebem. A ideia é estender a licença-paternidade dos atuais 2,2 meses para quase sete meses, em conformidade com a licença-maternidade. Pratica-se hoje no país uma folga de 4,4 meses para as mães e 2,2 para os pais, além de outros seis meses que podem ser distribuídos de acordo com a vontade do casal. De acordo com o novo sistema, cada um terá 6,6 meses, podendo transferir um para o outro só 69 dias. As mulheres grávidas terão direito a um mês de licença antes da data prevista do nascimento.
Segundo a ministra da Saúde e Questões Sociais, Aino-Kaisa Pekonen, a “reforma radical” tem o intuito de melhorar a igualdade de gênero e aumentar a taxa de natalidade, que está em declínio.
— Isso permite maior igualdade entre os pais e diversidade entre as famílias — afirmou.
Outra preocupação — expressa na proibição de transferir mais de 69 dias da licença — é que os dados indicam que somente 25% dos pais aproveitam todo o tempo que têm de licença-paternidade. No mês passado, a premier Sanna Marin reclamou que os pais estão passando pouco tempo com seus filhos quando eles são crianças.
Pekonen ainda argumentou que uma distribuição mais igualitária da carga de trabalho doméstica entre os casais provou ser capaz de diminuir o risco de divórcio.
— A longo prazo, também melhora a igualdade na vida profissional e nos salários, ao orientar os pais a usar uma proporção maior da licença paternidade do que antes — disse ela.
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de O Globo.
Foto destacada: Reprodução/Pexels.
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