É verdade que cada um sabe da própria vida e vive da maneira que quiser. Muita gente se sente bem diante de certas situações que outros não suportariam. A tolerância não é igual em todo mundo, tampouco os entendimentos sobre tudo o que diz respeito a relacionamentos, por exemplo. Mesmo assim, a gente tem que exigir respeito, em toda e qualquer situação da vida.
Não entrando no mérito da exclusividade e da monogamia, uma vez que as pessoas têm o direito de se relacionar da forma como se sentirem melhor, a questão central a que se deve prestar atenção é a importância que nos damos e a importância que nos dão. Não importa a maneira de se relacionar, mas sim a carga afetiva que se leva nessa jornada. Reciprocidade: é isso que se almeja, que se merece.
Não importa a forma como se ama, onde se ama, quem se ama ou quantos se amam, o que importa, como disse John Lennon, é que se ame – e, acrescenta-se, que se sinta amado. Quando o sentimento só sai da gente, sem eco, ele acaba se esgotando, arrefecendo, minguando. E isso com qualquer tipo de sentimento. Se alguém ficar odiando o outro, sem ter reação de volta, até esse ódio deixa de fazer sentido. Com amor é a mesma coisa.
Muitas pessoas não querem amar, querem apenas ter alguém para passar o tempo, para fazer sex0, para companhia quando convier. Ou seja, querem apenas a parte florida da parceria, sem querer se responsabilizar pelos pesos incômodos que todo e qualquer relacionamento também carrega. Só pretendem assumir a parte divertida da vida, pois não amadureceram o suficiente para enfrentar os dissabores. Relacionar-se requer maturidade, comprometimento, empatia.
Não sinta atração por quem te usa como mera distração. Suma, se o outro não te assume. Não gaste o seu melhor com quem não oferece nada em troca. Lembre-se de que o amor tem a medida exata da dignidade que te sobra ao final do dia, nada menos do que isso. Não perca tempo, não se iluda com quem não muda, não jogue fora no lixo esse seu coração que é tão lindo e especial. Resguarde-se, sonhe, ame-se. É isso.
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