A esquizofrenia caracteriza-se como um transtorno mental crônico e grave que afeta a maneira como uma pessoa pensa, sente e se comporta. Ela causa alterações no comportamento, pensamentos confusos e dificuldades para se relacionar com as pessoas. É estimado que 1% da população mundial (aproximadamente 77 milhões de pessoas) manifeste a doença entre os 15 e 35 anos.
Felizmente, quando os sintomas são tratados, a ampla maioria dos diagnosticados tende a melhorar com o passar do tempo.
De modo geral, o diagnóstico dos transtornos mentais é realizado a partir da observação clínica de um médico, que analisa um conjunto de sinais apresentados pelos pacientes durante um período – em média, dois anos.
Esse prazo, entretanto, pode ser reduzido drasticamente graças ao trabalho da neurocientista e psiquiatra cearense Natalia Mota.
Natalia foi a responsável por desenvolver um software em sua pesquisa de pós-doutorado na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) que mede a organização do pensamento por meio da fala e, assim, consegue diagnosticar a esquizofrenia a partir da análise de apenas 30 segundos de discurso do paciente. Tudo isso com 90% de precisão!
O programa ainda passa pela fase de testes e mais estudos precisam ser feitos para garantir a confiabilidade do sistema, mas graças aos seus esforços na área, a neurocientista se tornou a primeira brasileira e única sul-americana indicada ao prêmio Nature Research Award de 2019, na categoria Ciência Inspiradora.
A premiação é organizada por uma das revistas científicas mais respeitadas do mundo. Natalia concorreu ao lado de outras nove cientistas do mundo todo.
Natalia concedeu uma entrevista à Revista AzMina, onde conta sobre a fundação do grupo Sci-Girls, que agrega mulheres cientistas em busca de transformação social e fala um pouco sobre sua pesquisa e a importância do prêmio da Nature para ela e outras cientistas mulheres.
“A mulher tem um papel muito singular na ciência, justamente por trilhar o caminho mais difícil. Isso faz a gente criar soluções de baixo custo, mais fáceis e mais úteis para a sociedade. Fazer ciência que realmente tem impacto.”
A cearense manifesta preocupação com a falta de conhecimento e os achismos que envolvem a esquizofrenia. “Primeiro, combater o preconceito em relação à esquizofrenia e entender que ela faz parte do comportamento humano. Não é uma coisa só de um grupo de pessoas, que as torna diferentes. Somos todos iguais, mas uns funcionam de um jeito, outros funcionam de outro”, conclui.
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