Por Deise Azevedo
Aquilo que os pais não ensinam em casa para os filhos a vida se encarrega de ensinar de uma forma mais dura para ambos.
A família é uma organização social ativa que responde aos estímulos e dificuldades do mundo que a cerca. Portanto, seus problemas têm raízes na cultura existente na sociedade.
Com o passar do tempo, ocorreram mudanças impactantes nas famílias. Podemos citar o avanço da tecnologia, as novas configurações familiares, a propagação da produção cultural e a popularização dos processos midiáticos que resultaram em alterações nas relações interpessoais entre pais e filhos.
Nessa nova era da educação, percebe-se uma necessidade de mais acompanhamento dos pais na formação educacional de seus filhos. Considerando que mais vale a qualidade do que a quantidade de tempo com os filhos.
Vale lembrar que os pais não devem “compensar” a falta de tempo com indisciplina. Muitos pais que não podem ficar um tempo que consideram suficiente com os filhos, quando ficam, deixam que eles façam tudo o que querem sem disciplina. Mas para que os filhos tenham conhecimento e comportamento mais adequados “lá fora” é preciso ter disciplina dentro de casa.
Educação começa em casa…
Hoje em dia nos deparamos cada vez mais com pessoas despreparadas para conviver com as diferenças, trabalhar em equipes, respeitar regras, enfim, pessoas que pouco exercem a cidadania. Há vários fatores relacionados, mas soma-se a esses as falhas na formação familiar e escolar. Parece estar faltando para essas pessoas valores pessoais suficientes para que possam considerar a ética e a disciplina como fundamentais conviver em sociedade.
Há tempos atrás era natural valorizar o ser e o fazer – ser bom, ser correto, ser digno e honrado. Era dada maior ênfase no “fazer um trabalho com honestidade, competência e seriedade”, para depois ter o respeito da comunidade, a ascensão econômica e social, sentir-se realizado e feliz.
Atualmente, a ênfase é dada para o ter. As pessoas lutam para ter diploma, ter sucesso, ter casa… Não que isso seja errado, de maneira alguma! Mas não se pode esquecer do ser. Não se pode viver somente de aparências porque isso nos “consome”, nos cansa.
Os pais também são gente!
Com o passar do tempo, os pais foram estimulados a ter uma falsa postura: disfarçar suas fraquezas e a assumir o papel de pais infalíveis, superpais, capazes de tudo. Quando deveriam pensar que são apenas pais, e não super-heróis. Eles não são obrigados e nem conseguiriam se tornar perfeitos ao se tornarem pais. Continuam sendo filhos e alunos, errando e aprendendo ao longo da vida.
Assumindo limitações
Todo pai, mãe e outros cuidadores têm suas limitações e fraquezas. E não poderia ser vergonhoso assumir isso. Pois são as diferenças que enriquecem as relações dentro da família e possibilita maior flexibilidade entre seus membros. É o amor apesar das dificuldades que torna os pais insubstituíveis na vida dos filhos e na comunidade a que pertencem.
Sentido de educar bem…
Os pais que educam bem os filhos são aqueles que conseguem estimular dentro deles o melhor que tem a oferecer e facilitam a expressão do saber. São aqueles que ensinam e fazem os filhos entender deveres e responsabilidades, levando em conta que eles aprendem facilmente a obter direitos e vantagens.
Como melhorar?
Comece fazendo uma autoavaliação – reconheça seus limites e saiba que, seguramente, o amor, a maturidade, a disposição dos pais vencem a rebeldia dos filhos.
Entenda que pais e filhos não são iguais. Se você acredita que porque é amigo de seu filho devem se tratar de igual para igual, poderá ter problemas. Os filhos precisam respeitar os pais como pais. Ser amigo do seu filho é ajudá-lo a ser uma pessoa autêntica, uma pessoa honesta consigo mesma e com a sociedade.
Seja pai, ou mãe, para que seu filho possa ser filho!
Não estamos pregando o autoritarismo. Jamais! Mas sim, estamos falando a autoridade de adultos coerentes e competentes que almejam o melhor para o desenvolvimento integral dos filhos. Estamos falando de pais firmes e sábios que buscam proteger e orientar seus filhos, alicerçados em valores morais e éticos.
A culpa torna as pessoas indefesas e sem ação…
Buscar culpados para se livrar da responsabilidade do que não está dando certo com você ou com os seus, achar que o filho puxou à sogra ou ao sogro, buscando nos antecedentes familiares, na estrutura dinâmica da família causas para seus problemas poderá lhe trazer ainda mais problemas.
Cada um com o seu papel…
Os comportamentos dos filhos afetam os pais; os comportamentos dos pais afetam os filhos. O comportamento agressivo e destrutivo do filho gera atitudes neuróticas e descontroladas nos pais. E, não raramente ouvimos:
– “Já sei por que o filho deles age assim… Eles acabaram com o garoto”.
– “Já sei por que aquele casal está assim… O garoto acabou com eles…”
Esteja sempre consciente do seu papel no lar e na sociedade. Diante de um comportamento inadequado, não tente competir com seu filho ou perder sua dignidade.
Mantenha o equilíbrio!
Procure sempre manter o equilíbrio, se quiser dominar a situação, ser dono de sua casa, conduzir sua família no “rumo certo”.
Tomar atitude “sem pensar” precipita crise
Na formação e na educação dos seus filhos é fundamental tomar atitudes com firmeza e perseverança. Não deixe “o barco correr” por falta de tempo, por acomodação ou por outra razão qualquer.
Quando o relacionamento entre pais e filhos começa a ficar difícil…
Alguns pais tendem a racionalizar e minimizar a gravidade dos distúrbios de comportamento dos filhos, acreditando que isso esteja dentro da moderna regra social – “coisa de adolescente” – pensando que tudo se corrige com o tempo, sem maiores consequências.
Saia da “zona de conforto” e tome conhecimento das dificuldades e inadequações de seus filhos. Não se pode acomode! Muitas vezes, o mais prejudicial é o descuido ou a falta de coragem para enxergar e corrigir o comportamento inadequado, enquanto ainda é possível.
O que fazer?
Assuma posições claras, bem definidas: ao tomar uma decisão, seja firme e perseverante. Em determinadas situações, tomar uma atitude acaba gerando impasse e pode até precipitar uma crise, mas efetivamente ajuda o filho a mudar de rumo.
Esclarecimentos
Não se pretendeu aqui, pregar o autoritarismo, mas sim, alertar os pais para que ensinem seus filhos a serem autênticos. Os filhos precisam aprender que por mais que sejam livres para escolher, tem de assumir a responsabilidade por suas escolhas, respeitar a si mesmo, respeitar aos pais e a sociedade de modo geral.
Referência:
Menezes, M. S. C. (1992). O que é amor-exigente: resposta para pais e filhos. São Paulo: Edições Loyola.
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