Quando o assunto é o papel do homem, a sociedade automaticamente usa o discurso auto opressor que tende a generalizar situações, posturas e comportamentos.
A psicologia masculina caracteriza-se por suprimir manifestações afetivas, condenando-as como um sinal de fragilidade de quem as demonstre, vendo isso, como um sinal de vulnerabilidade, pondo em risco a imagem e o poder.
Atitudes como não revelar a vida intima, fragilidades e as incapacidades de empatia fazem com que o homem seja obrigado a seguir um comando inconsciente que a sociedade impõe. Enquanto alguns se transformam e modificam sua visão interior do masculino, outros resistem desesperadamente para preservar os valores tradicionais, com isso, o homem atual enfrenta conflitos e desafios.
Grande parte da infelicidade de nossa cultura é o fato de sermos estranhamente incapaz de perceber os nossos próprios sentimentos, deixamos de olhar internamente nossas emoções e o que realmente sentimos, para buscar no outro, estes sentimentos.
Essa incapacidade, não está somente no homem, atualmente, no ser humano em geral, daí partem as dificuldades de relacionamentos, sejam eles amorosos ou de amizade.
Já a mulher por toda sua formação, tem mais facilidade ao expressar sentimentos e emoções, uma das consequências para os homens, foi ter de empreender um esforço para compreender o que se passa à sua volta e com ele mesmo, ser a referência do sexo. Assim, a crise moderna masculina revelada enquanto colapso de identidade ganha frente ao que Robert Musil aponta como busca de uma vida melhor.
O homem está em uma fase de desconstruir para reconstruir, neste sentido, parte de uma perspectiva causal em que a construção da representação de uma “nova” mulher implicaria necessariamente a de um “novo” homem.