Autoestima é a forma percebemos a nós mesmos, como nos julgamos. Ela é muito importante, pois interfere na forma como nos comportamos no mundo, como vivenciamos os acontecimentos, nos nossos sentimentos, entre outros. A autoestima nasce quando crianças, por isso a importância, principalmente, dos pais, em relacionarem-se bem com seus filhos, reforçando comportamentos amorosos, fornecendo-lhes cuidados necessários para o desenvolvimento de uma boa autoestima, podendo esta estar relacionada com os padrões de apego, que segundo a teoria do apego de Bowlby, quando o bebê desenvolve um apego seguro, tende a ser mais seguro de si, independente e propenso a explorar o mundo. Já quando o apego é inseguro/ambivalente, tendo os pais sido negligentes, é mais possível que a criança tenha comportamentos desaptativos com o meio.
Segundo a teoria comportamental, que, quando o meio não disponibiliza de reforços positivos para o indivíduo, ou este é provido de estímulos aversivos, punições, tais como julgamentos, falta de carinho, críticas em excesso, falta de recompensas, a pessoa está mais propensa a ter baixa autoestima. Eventos negativos da vida, como perder o emprego ou relacionamentos mal sucedidos, disfuncionais ou frustrantes, um senso geral de falta de controle, podem fazer a pessoa desenvolver baixa autoestima.
Aonde a autoestima está presente? Na forma como avaliamos nossos comportamentos, como recebemos críticas, como percebemos nossos erros, na forma de nos relacionarmos com as pessoas, nos parceiros amorosos que escolhemos, no impacto que eventos negativos ou elogios nos abatem, na superação de um fracasso, nos autocuidados, no tempo que dispomos a nós mesmos, nos pensamentos positivos, no respeito que impomos, nas atividades que escolhemos fazer, nos limites que você da pra você e o que você permite que façam com você, como você sem compara com os outros, as autoregras, autocobranças, entre outros. Pessoas depressivas tendem a ter baixa autoestima, são desesperançosas, têm uma imagem ruim de si, achando que são culpadas de todos os problemas e que o mundo está contra elas, e não dispõem de energia para realizar suas atividades, gerando um sentimento de angústia, mal-estar e desânimo.
Uma das principais queixas de pacientes em psicoterapia é a falta de boa autoestima, sendo as intervenções das terapias, sejam elas nas abordagens comportamentais, humanistas ou psicanalista, é desenvolver uma boa autoestima no paciente, fazendo com que este tenha uma visão mais clara e benéfica de si, tal como um olhar mais aberto do meio no qual está inserido, tentando se tornar assim mais adaptativo e enxergando os pontos positivos, se tornar mais resilientes as ameaças, e por fim, conseguir ficar bem consigo mesmo. Uma boa ideia é aumentar a variabilidade de repertórios comportamentais do cliente, assim como reforçadores positivas do meio.
Diante dos pontos citados a cima relacionados a autoestima, é importante fazermos um discernimento da nossa imagem, conhecer nossos potenciais e limitações, perceber como está nossa vida e o que precisa ser mudado. Assim, começar com pequenas mudanças, tendo uma postura e visão diferente, não se boicotando, valorizando nossos potenciais, fazendo boas escolhas, cuidando mais de si, buscando maiores prazeres, não se comparando aos outros, é essencial para um ganho maior de sentido na vida. Lembre-se: Você precisa se amar para ser amado!
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