O inconsciente e a importância do autoconhecimento
Tip of the Iceberg --- Image by © Ralph A. Clevenger/CORBIS

Por Rosangela Tavares

Sou Freudiana e embora esteja há alguns anos mergulhada no universo da Psicologia, nunca deixei de ficar deslumbrada diante da idéia desse Senhor das nossas mentes.

O Inconsciente é uma “ala” dentro da nossa estrutura mental. É subjetiva, como tudo o que tem a ver com nossa mente e pensamentos. Ele é como um baú, um arquivo com espaço infinito para os nossos registros.

O mais interessante sobre o baú do Inconsciente, é que dentro dele as memórias giram, elas são atemporais. E isso pode ser o mais interessante, mais importante, e mais perigoso também.

Tudo o que vivemos, cada sensação, cada impressão de cada segundo experimentado estará guardado ali, com menos ou mais energia, significado e força, mas estará. E esse processo inclui nossas memórias e sensações desde a condição intra-uterina, isso já foi estudado e comprovado teoricamente.

Mas o que vai fazer toda a diferença para a nossa vida e saúde emocional, é a qualidade desses registros, pois bons ou ruins, suas impressões poderão emergir em momentos da vida, vibrando e interferindo no nosso presente, mesmo que não queiramos.

Muitas vezes não nos conheceremos o suficiente para identificar que aquela dificuldade diante de um desafio profissional teria a ver com uma vivência antiga da escola, quando uma professora fez tudo ser mais difícil.

Não conseguimos identificar que o fato de não conseguirmos um bom relacionamento afetivo tem a ver com um juramento inconsciente feito por nós mesmos, quando éramos muito pequenos e vimos os nossos pais brigarem feio sempre.

Não conseguimos relacionar o medo de crescer e assumir a própria vida, com a velha frase do pai, que repetia há muito tempo atrás: “Aproveite mesmo a infância, porque ser adulto é só problema“.

Nesse sentido o autoconhecimento, a busca pelo sentido de como somos a fundo, pode fazer muita diferença. Quando passamos a entender com detalhes as emoções inexplicáveis de agora, as dores (emocionais) que surgem sem sabermos por que, então podemos compreender a relação entre os registros, e os porquês dos medos, dos conflitos, dos pânicos, das limitações.

O Inconsciente não perdoa, ele funciona implacavelmente, registrando nossos passos, e em qualquer tempo elementos dele se relacionarão de perto com o nosso presente. Somos de certa forma escravos de um Inconsciente.

A boa notícia é que ele faz parte de nós, e que existem meios de conhecê-lo, desvendá-lo, entendê-lo melhor, e de certa forma interagir mais amigavelmente com ele, à medida que nos desenvolvemos.

E para isso o autoconhecimento sempre será o caminho mais efetivo, que nos dará recursos e instrumentos para isso. Quem não conhece essa parte de nós, tão complexa, gigante e real, corre o risco de, como se diz popularmente, apanhar sem saber por que.

 

 

Rosangela Tavares

Psicóloga clínica

CRP 06/64149

Tel.: 98572-5600

Rua Santa, 104

Vila Mascote/Aeroporto

www.rosangelatavarespsicologa.com.br

 






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