Atualmente ao nos conectarmos a nossas redes sociais,nos deparamos com muitos fenômenos sociais,mas o que mais chama a atenção,é a quantidade de fotos superproduzidas ou supereditadas que muitas pessoas postam diariamente.

O que nos traz uma reflexão acerca da necessidade das pessoas de obterem likes ou curtidas,para se sentirem desejadas,amadas e até mesmo atraentes fisicamente. Muitos querem ser belos e ter suas vidas “perfeitas”, expostas nas redes sociais .Com isso,é gerada a crença de que se  você não  se expõe ,você não “existe” nesse  universo social.

Em nossa “modernidade líquida”,como descreve o sociólogo Bauman, as pessoas buscam preencher os seus vazios existenciais com leveza e liquidez,como ocorre nas redes sociais através de inúmeras postagens e curtidas. Por esse preenchimento não ser substancial,logo escorre dentre os dedos e novamente precisamos preencher com mais e mais fotos,mais e mais postagens e através da contabilização de curtidas que recebemos.

A ideia de obter reconhecimento e popularidade na rede tem viralizado entre as pessoas,de modo que já existem vários softwares que são utilizados pelos seus usuários com a finalidade de obter mais curtidas e mais seguidores,alcançando assim o seu pseudo status social.

A “política de vida”  nas redes,  deriva da pragmática de que  ter é muito mais que o ser. O individuo procura a autoafirmação quando passa a ter mais amigos,curtidas e fotos das mais variadas comidas,lugares, e  até mesmo de romances extremamente felizes,a fim de sobressair diante dos demais.

Emerge  então o conceito de que a vida é composta apenas de coisas boas , aquelas que postamos na internet. Contudo, sabemos que na realidade a vida é composta por diversos momentos,bons e ruins ,o que torna a vida um grande aprendizado.

Cabe ressaltar, que o fenômenos que presenciamos na rede são também reflexos da nossa sociedade atual,que está pautada no consumo, no capitalismo , que é estimulado por outras áreas como o marketing das grandes mídias.

E por que tudo isso também está relacionado com a autoestima? A autoestima esta relacionada a  autoimagem positiva que temos de nós.E quando não possuímos a plena convicção de quem somos,necessitamos em demasia do reconhecimento que vem do  externo,ou seja de outras pessoas.

E atualmente as pessoas têm buscado  esse reconhecimento externo nas redes sociais.Contudo , a autoestima desenvolve-se no mundo real.E para que se tenha uma construção sólida , esta deve ser  desenvolvida a partir do nosso interior e nas relações saudáveis que precisamos desenvolver com o  mundo,com o outro e  com nós mesmos.

Imagem de capa: Shutterstock/Eugenio Marongiu

Andressa Franceschi

graduada em Psicologia,com ênfase em Psicologia clínica,pelo Centro Universitário Celso Lisboa,Rio de Janeiro.( CRP 05/47436).Pós Graduanda em Psicologia Jurídica pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).Atualmente trabalho em uma Ong voltada para crianças carentes no Rio de Janeiro, onde desenvolvo projetos psicoeducativos visando a promoção dos Direitos Humanos.

Recent Posts

Obra-prima da animação que venceu o Oscar está na Netflix e você precisa assistir

Uma pequena joia do cinema que encanta os olhos e aquece os corações.

6 horas ago

O filme da Netflix que arranca lágrimas e suspiros e te faz ter fé na humanidade

Uma história emocionante sobre família, sobrevivência e os laços inesperados que podem transformar vidas.

7 horas ago

Dicas para controlar os gastos e economizar nas compras

Você ama comprar roupas, mas precisa ter um controle melhor sobre as suas aquisições? Veja…

1 dia ago

Minissérie lindíssima da Netflix com episódios de 30 minutos vai te marcar para sempre

Qualquer um que tenha visto esta minissérie profundamente tocante da Netflix vai concordar que esta…

2 dias ago

Saiba o que é filofobia, a nova tendência de relacionamento que está preocupando os solteiros

Além de ameaçar os relacionamentos, esta condição psicológica também pode impactar profundamente a saúde mental…

2 dias ago

‘Mal posso esperar para ficar cega’; diz portadora de síndrome rara cansada de alucinações

Aos 64 anos, Elaine Macgougan enfrenta alucinações cada vez mais intensas conforme sua visão se…

2 dias ago