O melhor para nossa saúde mental é ter paciência com os ciumentos

Os ciúmes compõem intensos elementos competitivos, transmitidos pela sociedade, que impulsionam os indivíduos a ter olhares cismados e a manifestar desejos possessivos aos corpos, aos bens e à felicidade dos outros.

Por isso que os ciúmes ganham dimensões midiáticas, que invadem as redes sociais, pois eles são instintos incontroláveis nas relações afetivas, familiares, profissionais, políticas, entre outras.

Na verdade, os ciúmes são sentimentos que começam neuróticos e se transformam em obsessões, já que os ciumentos perderam a total confiança em si mesmos. Em geral, essas pessoas criam situações que terminam em adoecimentos, agressões e na polícia.

Aliás, os ciúmes estão associados à inveja, porque ambos revelam uma preocupação doentia com a vida dos outros. Mas a diferença é que os invejosos possuem o sentimento de perda, o que os ciumentos não têm.

Em nosso cotidiano assistimos os surtos virtuais e reais de ciúmes, que mostram o desequilíbrio no sistema nervoso dos ciumentos, que interferem na dinâmica dos seus neurotransmissores, que é a raiz das doenças psicossomáticas.

O melhor para nossa saúde mental é manter a paciência e a compreensão com os ciumentos, visto que eles são reféns ou vítimas da desconfiança e da insegurança, que quase sempre são traumas da infância.

Porém, a psicoterapia é capaz de tratar os sintomas de ciúmes e de orientar os ciumentos a buscar a prática da meditação, de atividades lúdicas e de exercícios físicos, que lhes fornecerão o equilíbrio psicoespiritual, para controlar seus surtos de ciúmes.

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Jackson Buonocore
Sociólogo, psicanalista e escritor

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Jackson César Buonocore Sociólogo e Psicanalista