O nascimento de um filho é um momento muito delicado na vida da mulher, pois além da queda de hormônios, alterações no corpo e alterações nos relacionamentos, essa mulher precisa adaptar a sua vida para cuidar de um novo ser TOTALMENTE dependente. A maternidade tem o lado a e o lado b e está envolvida por mitos que podem ser propagados de forma a contribuirem para o adoecimento das novas mães.
É fato que o bebê inspira muitos cuidados e tirando a capacidade de respirar sozinho (salvo alguns bebês), em todo o resto ele precisará de sua mãe ou alguém que a substitua. E imagina, o quanto é fácil você assumir esse papel de “doação total”… Não é fácil. Mas as mulheres, em maioria se adaptam a esse novo papel. Cada uma no seu ritmo e com suas particularidades, mas a adaptação vai acontecendo dia após dia. E não é só a mãe que precisa se adaptar a nova vida, mas todos a sua volta… inclusive o bebê. Afinal, ele saiu de um ambiente quentinho, cuja a nutrição entrava automaticamente pelo cordão umbilical e a vida era um eterno gingado aconchegante (o caminhar de sua mãe) e cujo o som era os batimentos cardíacos e dos fluídos da mamãe. Enfim, os dois eram um e agora o parto os fazem indivíduos distintos e fisicamente separados.
É onde entra o famoso ditado popular que diz “Ser mãe é padecer no paraíso”. Essa frase ultrapassa as gerações. Por que? Simples a maternidade é uma dádiva, porém, ela tem muitos fatores envolvidos. Existem correntes que falam muito sobre o “lado A” da maternidade. O fato é que ser mãe não é para todas as mulheres e é inconcebível que isso seja falado em público. E falar sobre a escolha de não ter filhos? Isso é praticamente uma heresia. Mas não deveria, pois ser mãe também é decisão, visto que existem muitos métodos de prevenção.
A maternidade tem o LADO A, que é maravilhoso e indescritível, visto que o amor materno é incondicional e imensurável, visto que a maioria das mães dariam a vida pelo filho sem pensar duas vezes. Lembro-me de uma mãe que abriu a boca de um crocodilo para salvar o filho, outra que se jogou num lago sem saber nadar, outra que levantou um portão de 200 kg, outra que se entregou a polícia no lugar do filho, entre tantos outros casos. Acordar e ver aquele rostinho e sorriso é como ir no céu e voltar mil vezes… E adormecer com aquela mãozinha/pezinho agarradinho a você… É ser mãe é uma dádiva. Mas…
Bem vindo ao LADO B, pouquíssimo abordado nas rodas de conversa. O primeiro ano com aquele bebê lindinho e fofinho é extremamente cansativo e não é incomum ver uma recém-mãe se queixar do cansaço. Dormir? Raramente e picado… Comer? Luxo! Ir ao banheiro? Com pressa e luxo também. Banho? Quando dá, a medida que dá e quase sempre com o carrinho de bebê dentro. Namorar? Se o cansaço deixar. Marido? Só se for para ajudar na rotina… E tantas outras coisas mais. Salvo, quando existe babá, avó muito participativa, etc. E, em tese, não exime a responsabilidade da nova mamãe. E outra questão bem interessante do Lado B são as prioridades que mudam bastante e é fácil sentir saudades da vida antiga. Mas, é fato que a pessoa se adapta e muitas coisas deixam de ser difíceis.
Independente de lado A e B , o certo é qua a mãe será a mãe POSSÍVEL, ou seja, aquela que ela consegue ser. Isso mesmo, possível e não perfeita. Até porque… Desculpe-me! Mães perfeitas existem? Não (Mito da Mãe Perfeita). Assim como não existem filhos perfeitos… Maridos perfeitos… Seres humanos perfeitos… Somos imperfeitos por natureza. O fato é que existe uma cultura sendo difundida e adoecendo a sociedade. Essa cultura prega: o parto perfeito, a maternidade perfeita, o bebê perfeito, a alimentação perfeita do bebê e mais um monte de maluquices enlouquecedoras. Enlouquecedoras por que? Se você não encaixar na perfeição você não é boa mãe/mulher… Pára! Respira! Reflita! Qual o conceito de perfeição quando o assunto são relações subjetivas envolvendo seres humanos imperfeitos e singulares? Vai ter a mãe do parto natural: ok. Vai ter a mãe da cesária: ok. Vai ter a mãe da amamentação exclusiva: ok. Vai ter a mãe do leite artificial: ok. Todas essas mães serão as mães possíveis, dentro de suas possibilidades e impossibilidades.
Em resumo, a cultura, além de propagar os mitos, poderia propagar o amor ao próximo e que esse amor acolhesse todas as novas mães nesse período tão delicado. E que chegasse informações menos distorcidas a essas mulheres. E que as estão pensando em engravidar e até mesmo as que ganharam bebê e estão confusas sobre esse turbilhão de novas emoções, que não façam parte dessa cultura adoecida e propagadora do mal-estar generalizado. E que possamos contribuir para um mundo mais amável e acolhedor.
Uma pequena joia do cinema que encanta os olhos e aquece os corações.
Uma história emocionante sobre família, sobrevivência e os laços inesperados que podem transformar vidas.
Você ama comprar roupas, mas precisa ter um controle melhor sobre as suas aquisições? Veja…
Qualquer um que tenha visto esta minissérie profundamente tocante da Netflix vai concordar que esta…
Além de ameaçar os relacionamentos, esta condição psicológica também pode impactar profundamente a saúde mental…
Aos 64 anos, Elaine Macgougan enfrenta alucinações cada vez mais intensas conforme sua visão se…