Vivemos numa sociedade integrada por redes de relacionamentos, pois estamos num processo dinâmico de interação, que influencia a relação entre as pessoas. É nessa interação que vamos conhecer os indivíduos extrovertidos e introvertidos.
O comportamento de extroversão e introversão são formas de adaptação ao mundo exterior e interior. O psicanalista Carl Gustav Jung analisou, que cada sujeito pode ser orientado para seu interior ou para o exterior. E concluiu que somos seres complexos, onde podemos ter os traços dessas duas personalidades.
O ideal seria de que todas as pessoas fossem capazes de agir em equilíbrio nas duas dimensões. Mas, a vida é dinâmica, permitindo a nossa convivência com os diferentes tipos de gente, cada uma com seu estilo e motivação.
Entender as diferenças entre os indivíduos extrovertidos e introvertidos amplia a nossa inteligência social, utilizando como base a psicanálise junguiana, a mais confiável nessa área. E, para tanto, destacamos algumas dessas características.
Os extrovertidos são pessoas expansivas, que colocam para o mundo tudo o que sabem. Porém, tendem a ser inquietos devido suas necessidades de comunicação. Eles se inclinam a ser mais conscientes do que ocorre à sua volta.
Além disso, são estimulados pelo mundo exterior e assumem os riscos pelo seu grau de exposição. No entanto, ganham energia a partir da interação social, porque preferem estar com os outros e têm facilidades de exibir suas emoções e ideias de modo franco.
Os extrovertidos, normalmente, agem e depois pensam. É assim que se dispõem à interação social. Pesquisas avaliaram que eles compõem 50% a 74% da população, e que a parte detrás dos seus cérebros são mais ativos.
Os introvertidos são os indivíduos que se voltam para si mesmos, se impregnando de informações externas, mas não as transfere com facilidade. Eles pensam antes de tomar qualquer atitude.
Também direcionam seus sentimentos e pensamentos, focando-os para seu mundo interno. O que pode ser custoso, já que os introvertidos mergulham intensamente em seu íntimo, perdendo o contato com o ambiente externo.
Esses indivíduos se tornam observadores, escolhendo se manter solitários, visto que são quietos, mas não significa que desprezem as pessoas. As mesmas pesquisas indicam que 16% a 50% da população são de introvertidos, e que parte da frente dos seus cérebros são mais estimuladas.
Citamos como exemplos, aqueles colegas de trabalho que têm comportamentos extrovertidos, que precisam de uma atenção maior e daquelas namoradas tímidas, que esperam que seus namorados saibam conviver com seus traços introvertidos. E assim existem inúmeras situações.
Enfim, temos que lembrar que independente do nosso mundo ser extrovertido ou introvertido, dado que não define a totalidade da personalidade humana. Contudo, as teorias da psicologia analítica e da psicanálise servem para compreender a nós mesmos e a outrem, para não cairmos no modismo americano dos treinamentos neurolinguísticos e das emoções, que é uma fuga da vida líquida e sem referências intelectuais válidas.