Por Amanda Cruz
Ao manter uma rotina de exercícios, é difícil encontrar alguém que nunca tenha sentido um pouco de desânimo ou desmotivação em alguns momentos. É aí que acabamos tirando um dia a mais de descanso, que acaba se estendendo para uma semana. Então, o trabalho fica um pouco mais puxado, a família demanda um pouco mais de tempo e, quando você percebe, passou um mês longe da academia.
Sorrateiramente o sedentarismo vai tomando conta do seu dia a dia e vai ficando cada vez mais difícil voltar a se movimentar. Quando isso acontece, o nosso corpo acaba sofrendo as consequências da falta de atividade física. Não acredita? Veja só o que acontece com o corpo em cada fase longe dos exercícios:
“Quando ficamos uma semana sem treinar, nossos músculos param de se movimentar e receber estímulos. Para entender os prejuízos, é preciso entender como você conduz essa semana”, diz o educador físico Thiago Arias, de Santos, litoral de São Paulo. “Devemos levar alguns fatores em consideração (descanso, alimentação e estresse). O estresse libera um hormônio chamado cortisol, responsável por catabolismo (perda de massa muscular), portanto, se você conseguir equilibrar estes fatores possivelmente os danos serão menores”, completa.
Neste período, os efeitos começam a piorar. “Precisamos entender que tudo o que o nosso corpo não utiliza, ele excreta ou acumula. No caso da massa muscular, muitas pessoas cometem o erro de achar que a massa muscular vai virar gordura, porém, são duas coisas completamente diferentes. O que acontece é que a partir do momento que eu tenho um volume muscular maior e não utilizo, a tendência é haver uma atrofia desta massa. Com o consumo de calorias e alimentos calóricos somados a isso, a tendência é aumentar o percentual de gordura. Por isso, muitas pessoas acham que o músculo virou gordura, quando na verdade a massa muscular atrofiou e a massa de gordura aumentou”, explica o especialista.
Pessoas que trabalham com atividades que não exigem muita movimentação ou que ficam longos períodos sentadas acabam apresentando um ganho de peso maior nessa fase, “além de terem também problemas posturais e desvios”, conta o educador físico. “As chamadas síndromes metabólicas, como hipertensão, diabetes, doenças coronarianas e outras complicações são mais evidentes. Na parte estrutural, podemos desenvolver fraqueza e encurtamento nos músculos e, consequentemente, nas articulações. Fora a perda do condicionamento cardiorrespiratório muito importante em nosso dia a dia”, alerta Arias.
Imagem de capa: Shutterstock/fizkes
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