Etiologia do Transtorno do Pânico:
A etiologia ou causa(s) do Transtorno do Pânico ainda não foi bem esclarecida. O que se sabe a respeito é que fatores multideterminados estão envolvidos: fatores genéticos, fatores ambientais e psicossociais estressogenos, como traumas, lutos e perdas mal elaboradas, mudanças inadaptadas, situações de desamparo, ansiedade de separação, bem como a própria personalidade da pessoa são fatores contributivos que explicam as causas do surgimento do transtorno do pânico. O fator genético é relevante no desenvolvimento do transtorno, mas pessoas sem predisposição genética também podem desenvolve-lo, dependendo do estilo de vida e de fatores idiossincráticos e estressantes.
Diagnóstico:
Como foi relatado anteriormente, para que seja diagnosticado o Transtorno do Pânico, as crises tem que ter uma frequência em um determinado espaço de período e tempo, com a sintomatologia que foi elucidada.
Embora não seja diagnosticada através de exames clínicos, trata-se de um problema real e grave, necessitando, portanto, de tratamento urgente para que o paciente volte a ter uma vida de qualidade, de modo que retome suas atividades cotidianas, pois muitas vezes, com os constantes ataques de pânico, o individuo passa a apresentar comportamento de evitação e esquiva a lugares e circunstâncias onde aconteceu uma crise. Desta forma, o medo de uma nova crise o faz parar todas as atividades, causando prejuízo em sua vida ocupacional, relacional e social. Normalmente o paciente se isola por ter medo que ocorra uma nova crise.
Nota Importante 1: Algumas doenças podem apresentar alguns sintomas iguais aos do Transtorno do Pânico. Por este motivo, a importância precípua da realização dos exames clínicos para refutar a existência de doenças físicas e para ter elementos para se fechar um diagnóstico de Transtorno do Pânico.
Nota Importante 2: é necessário que profissionais da saúde, principalmente os que trabalham em emergências e pronto-socorros, estejam habilitados para reconhecer uma crise de pânico, de modo que após realizados todos os exames clínicos necessários, o paciente seja encaminhado para o psiquiatra e/ou psicólogo para que o paciente inicie o tratamento.
Tratamento:
Para um tratamento eficiente, é necessário um diagnóstico preciso. Após o diagnóstico de transtorno do pânico, o tratamento ideal e eficaz é a associação da medicação com a psicoterapia. Caso o Transtorno do Pânico não seja devidamente tratado, as frequências das crises podem se intensificar em curtos espaços de tempo, causando limitações e afetando todas as áreas da vida da pessoa, que passa a se isolar. Como consequência do isolamento social, o paciente pode desenvolver um quadro depressivo, dentre outras comorbidades.
Tratamento Médico:
A função da medicação é regularizar as funções bioquímicas cerebrais. No tratamento medicamentoso, farmacológico ou alopático do Transtorno do Pânico, utiliza-se os inibidores seletivos de recaptação da serotonina, os antidepressivos tricíclicos, os antidepressivos atípicos e os inibidores da monoamina oxidase, dependendo do paciente. Pode-se associar alguns benzodiazepínicos (calmantes) no inicio do tratamento, pois estes devem ser utlizados em curto período de tempo, sendo recomendados somente nas crises agudas de pânico. O tempo do tratamento farmacológico varia de 6 meses a 1 ano, dependendo da resposta do paciente.
A medicação começa a fazer efeito entre 2 (duas) a 4 (quatro) semanas após o inicio do tratamento. Existem pacientes refratarios à medicação e neste caso este utiliza-se dos beneficios da psicoterapia.
A medicação começa a fazer efeito entre 2 (duas) a 4 (quatro) semanas após o inicio do tratamento. Existem pacientes refratarios à medicação e neste caso este utiliza-se dos beneficios da psicoterapia.
ATT.: Se optou por iniciar um tratamento medicamentoso, é importante cumprir o tratamento até o final, mesmo com sinais de melhora. Tratamento medicamentoso interrompido não garante a cura e os sintomas podem retornar ainda piores.
Tratamento psicoterápico:
A psicoterapia é um trabalho extremamente relevante no processo do tratamento, pois somente através de “insights” e da ressignificação de vivencias que contribuíram para o processo de adoecimento, é que o paciente se dá conta do que aquela doença representa e está tentando “dizer” a ele através dos sintomas específicos.
Existem muitas abordagens psicoterápicas e todas elas são excelentes. No entanto, a modalidade psicoterápica que tem se mostrado muito eficiente no tratamento dos Transtornos de Ansiedade é a TCC ou Terapia Cognitivo-comportamental.
A TCC trabalha com os padrões de pensamentos, sentimentos e comportamentos do paciente, bem como com as respostas disfuncionais e distorções cognitivas diante das circunstancias da vida, de modo a promover a reinserção do individuo na sociedade de modo adaptativo e funcional.
Existem muitas abordagens psicoterápicas e todas elas são excelentes. No entanto, a modalidade psicoterápica que tem se mostrado muito eficiente no tratamento dos Transtornos de Ansiedade é a TCC ou Terapia Cognitivo-comportamental.
A TCC trabalha com os padrões de pensamentos, sentimentos e comportamentos do paciente, bem como com as respostas disfuncionais e distorções cognitivas diante das circunstancias da vida, de modo a promover a reinserção do individuo na sociedade de modo adaptativo e funcional.
Nota: Este artigo é parte do livro digital “Transtorno do Pânico: Sintomatologia, Diagnóstico, Tratamento, Prevenção e Psicoeducação”
Para saber mais ou adquirir acesse os sites da autora www.alquimiadavida.org e www.consultoriapsi.net
Imagem de capa: shutterstock/Marcos Mesa Sam Wordley