Psicose é o nome dado a um estado mental patológico caracterizado pela perda de contato do indivíduo com a realidade, que passa a apresentar comportamento antissocial.
O termo psicopatia, no entanto, não pode ser compreendido como um sinônimo de psicose. A psicopatia é uma condição muito mais grave do que a psicose, para a qual não há tratamento – ao contrário da psicose. Além disso, a psicopatia consiste em uma desordem de personalidade, enquanto a psicose é uma desordem psíquica que não diz respeito ao âmbito da personalidade, mas, sim, à perda de contato com a realidade.
Existem inúmeros tipos de psicoses ou transtornos psicóticos. A esquizofrenia e o transtorno bipolar são alguns exemplos das psicopatias mais conhecidas que existem.
A psicose é categorizada em três grupos principais, com base em suas respectivas causas. Estes são:
As causas da psicose ainda são motivo para muita discussão e controvérsia dentro da comunidade médica e científica. Especialistas acreditam que fatores sociais, como a vida nas grandes cidades, abuso de drogas e isolamento social possam estar direta ou indiretamente associados à psicose. Uma provável interação entre esses fatores sociais com fatores biológicos e psicológicos produziria uma reação em cascata, resultando, assim, no desenvolvimento do quadro psicótico.
A psicose pode ocorrer em diversos casos, e para cada um deles há uma causa específica.
O abuso de substâncias como o álcool e alguns tipos de drogas, principalmente as do tipo estimulantes, é o principal fator de risco para o surgimento de uma psicose.
Esse tipo de doença pode surgir em todas as idades.
Os principais sinais e sintomas de psicose são muito diversos e podem ser percebidos por meio de mudanças de características pessoais do indivíduo, como o humor, e também no modo de pensar e no comportamento. A intensidade dos sintomas varia de pessoa para pessoa e pode se alterar com o decorrer do tempo. Os principais sinais de uma doença psicótica são:
O modo que a pessoa encontra para se expressar costuma ser alterado, não havendo conexão entre as ideias. Nesses casos, as frases emitidas pelo paciente podem não ter sentido ou não serem claras. O individuo também pode encontrar dificuldades para concentrar-se e ter problemas de memória recente. Da mesma forma, a fala também pode estar muito rápida ou muito lenta, dependendo da pessoa.
Uma pessoa com algum tipo de psicose pode desenvolver crenças ou ideias não baseadas na realidade, os chamados “delírios”. A intensidade deste sintoma costuma aumentar conforme o curso da doença. No começo, por exemplo, a pessoa pode ainda apresentar algumas dúvidas em relação a essas falsas ideias, mas com o passar do tempo ela se convence totalmente e mesmo o argumento mais lógico não faz sentido para ela. A falsa ideia de perseguição está entre os principais tipos de delírios, que são caracterizados por sentimentos de medo e desconfiança constante. Uma pessoa com psicose pode, ainda, achar que tem poderes especiais ou que a televisão ou o rádio estão mandando mensagens diretamente a ela.
São percepções falsas da realidade. O indivíduo ouve vozes, vê coisas que não existem, sente cheiros esquisitos e pode ter sensações tácteis desagradáveis.
Podem ocorrer transformações nos sentimentos pessoais do paciente sem nenhum motivo aparente. A pessoa pode se sentir estranha ou diferente e as oscilações de humor, nesses casos, são frequentes.
A mudança no comportamento usual da pessoa é um sintoma muito comum da psicose. No início, esse sinal costuma se manifestar na queda do rendimento no trabalho ou na escola. Os indivíduos podem ficar tanto muito ativos quanto letárgicos. Eles podem permanecer a maior parte do dia deitados ou sentados imóveis, assistindo televisão
Se antes essas mesmas pessoas eram comunicativas, de uma hora para a outra, elas podem não querer mais conversar com ninguém, preferindo ficar sozinhas no quarto, recolhidas. Ou pode acontecer também o inverso. Se antes eram tímidas, passam a ser mais falantes, às vezes comportando-se de forma inadequada em ambientes públicos. Também podem falar ou rir sozinhos sem nenhum estímulo aparente.
Os hábitos de higiene também podem ser comprometidos. O paciente pode passar a não tomar banho ou escovar os dentes, levando-o a ter uma aparência descuidada. A perda de apetite e a alteração do sono também são alguns dos sintomas mais frequentes em pacientes diagnosticados com psicose, em que eles podem passar até a noite inteira sem dormir.
Fale com um médico ou psiquiatra se você notar que algum membro de sua família está apresentando sintomas similares aos de uma psicose, principalmente se, entre esses sintomas, estiver uma possível perda de contato com a realidade.
Especialistas que podem diagnosticar uma psicose são:
Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
Avaliação psiquiatra é um dos métodos mais utilizados por médicos para diagnosticar uma psicose. Alguns exames também são comuns pra essa prática. Entre eles estão alguns testes de laboratórios, como exames de sangue para medir os níveis de hormônios e eletrólitos na corrente sanguínea e também para detectar infecções, como sífilis. Testes para verificar a presença de algumas drogas no organismo também podem ser realizados, bem como exame de ressonância magnética cerebral.
O tratamento da psicose depende única e exclusivamente da causa e do tipo de psicose. Às vezes, a internação hospital pode ser necessária, principalmente se houver riscos para a segurança do paciente.
Alguns medicamentos antipsicóticos podem ajudar a controlar alguns sintomas, como alucinações e delírios. Essas drogas também podem ajudar a estabilizar os padrões de comportamento e pensamento do paciente.
Os medicamentos mais usados para o tratamento de psicoses são:
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.
Acompanhamento médico e psiquiátrico frequente é mais que necessário para tanto o paciente quanto seus familiares conseguirem lidar bem com a doença.
Para isso, é estritamente necessário que o paciente siga à risca as orientações médicas, obedecendo ao tratamento e não faltando às visitas ao psiquiatra.
A psicose afeta diretamente a qualidade de vida do indivíduo. Muitos pacientes não conseguem levar uma vida normal devido aos sintomas, que são caracterizados principalmente pela perda de contato com a realidade. Os sinais de uma psicose afetam diretamente no desempenho da pessoa no trabalho e nos estudos, além de impedi-lo de exercer algumas atividades básicas do dia a dia com eficiência. Em suma, pacientes diagnosticados com algum tipo de psicose têm dificuldade para viver normalmente e muitas vezes são incapazes de cuidar de si mesmos. Se a doença não for tratada, eles podem se machucar e até mesmo machucar outras pessoas.
A recuperação do indivíduo diagnosticado com psicose também depende da causa e do tipo de psicose. Para alguns tipos da doença, não há cura viável. Mas se a causa puder ser identificada e corrigida, o resultado geralmente é satisfatório e o tratamento com antipsicóticos tende a ser breve também.
Algumas psicoses crônicas, como a esquizofrenia, podem exigir tratamentos por toda a vida para controlar os sintomas.
A prevenção depende, também, única e exclusivamente das causas da psicose. Muitas vezes, evitar o consumo excessivo de álcool e cortar totalmente o uso de drogas pode ajudar a prevenir o tipo de psicose induzida por essas substâncias. Outros tipos da doença, no entanto, não pode ser prevenidos.
TEXTO ORIGINAL DE MinhaVida.Com
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