O que sou? Você já se perguntou isso? Teve resposta? Segundo os organicistas e também os racionalistas mais acirrados somos todos reduzidos a uma unidade corporal, que forma-se na concepção fetal e tem sua desintegração molecular com a falência cerebral, ponto, você é isso. Será mesmo?

O que anima a matéria? Os átomos e as células, ou existe uma alma inteligente ligada a este emaranhado de moléculas e que se manifesta através delas? O físico Albert Einstein já na primeira metade do século XX definiu o homem como sendo um “conjunto eletrônico regido pela consciência.” Seria essa consciência de Einstein a alma, o Si Profundo, que preexiste ao modelo do corpo biológico e sobrevive a ele?

Mais do que isso, a constituição humana é formada por um conjunto de energias em muitos níveis diferentes de vibrações. Essa energia inteligente, a alma ou espírito, passa por uma condensação de moléculas que formam nosso corpo astral intermediário, este se encarrega de concentrar e congelar essas partículas, que se manisfestam e formam posteriormente o nosso corpo somático.

É na gênese, no passado da energia pensante que permanecem ínsitos os nossos instintos mais primários decorrentes de nossas experiências passadas, que na vida atual de exteriorizam, quando associadas à razão, na forma de nossos impulsos, tendências, fixações mentais automatistas e perturbadoras, que necessitam urgente de uma canalização energética disciplinadora, integradora, para que o raciocínio se conduza sem danos e outras perturbações.

É de se notar que o ser pensante, em crescimento interior, sempre sofre os efeitos das energias exteriores que abundam e fazem um quadro de desorganização, que reponde por diversos distúrbios de comportamento como de natureza orgânica, transformando-os, através de suas fixações, em doenças, que poderiam facilmente serem evitadas.

Já em outros casos, quando motivados por uma personalidade mais reflexiva e submissa, as energias não eliminadas de forma correta, são mantidas sobre pressão na pisque, expressando-se como inibição, timidez, que se transformam também em patologias e criam enormes dificuldades de relacionamento, levando o ser a estados depressivos.

Todas as patologias, sejam orgânicas ou psíquicas, resultam do não conhecimento e do uso inadequado das energias que nos circundam, da nossa consciência de sono com relação à vida e da sua finalidade, que deveria ser de despertamento, conhecimento, integração, crescimento interior. A medida que vamos gerindo de forma adequada essas energias, o ser vê-se à frente de inúmeras possibilidades, que procedem de uma vontade firme e bem direcionada, libertando-se das inibições, castrações e demais perturbações fisiopsíquicas.

É preciso o despertar urgente o Si Profundo, apenas ele é capaz de trazer-nos a compreensão de transmutar essas energias que são deletérias a nossa sobrevivência, encaminhando-as para outras áreas e utilizando-as de forma salutar para nossos enfrentamentos.

É importante salientar que muito do que sentimos com relação as energias externas sobre as nossas emoções, também decorrem do imperativo da lei de causa e efeito, ou carma, que traz inscrito no ser as necessidades imediatas para a sua evolução, seja através da dor pela doença ou sofrimento ou mediante os impulsos salutares do sentimento de amor ou afeto.

Faz-se necessário então a transformação moral do indivíduo que deseja libertar-se da prisão da dor, ou no mínimo aprender a aceitá-la quando esta for inevitável. Devemos aprender a transformar o instinto de primitivismo em uma força produtora de novas e salutares energias, em vez de aumentar os distúrbios provenientes do uso incorreto das mesmas.

Quando o ser dominado pelos impulsos da emoção da raiva ou ira, com muita tensão inteiriça seus músculos, gerando um grande atrito nas articulações ósseas, o que mais tarde pode dar vazão a algumas expressões enfermiças como a artrite ou o reumatismo. Conduzir bem esta força, é recurso de prevenção para doenças degenerativas, portanto evitáveis.

Vejamos nosso centro de força ou chakra abaixo do diafragma, centro da criação, este quando não tem as energias transmutadas para a região superior a fim de serem sublimadas para ações nobres e edificantes, produzirão doenças diversas do aparelho urinário e genésico, com muitos agravantes no comportamento sexual e nos futuros relacionamentos conjugais.

Nada se perde em nosso organismo. Toda e qualquer energia pode e deve ser canalizada sob o comando da mente, do Eu Superior, para sua responsabilidade, criatividade e expressão divina, que demonstram sua origem de vida. Nosso Eu Superior deve constantemente comunicar-se, conversar com todo o organismo, com as células que são nossa menor unidade de consciência, à semelhança do que se faz quando lhe atende alguma parte ou órgão que necessita de tratamento. A consciência sempre deve entender e atender a energia, nas suas diferentes manifestações, rarefeita ou condensada, interferindo com amor e dando-lhe ordens equilibradas para a sua sublimação.

A doença resulta do choque entre a mente e o comportamento, o psíquico e o físico, que interagem somatizando as interferências.

Sobre qualquer ocorrência viciosa, de transtornos morais e emocionais, devemos sempre conversar com o departamento orgânico em desequilíbrio, despertando-lhe as potências e liberando-as para o preenchimento das finalidades da vida a que todas as coisas estão submetidas e se destinam.

Conversar sim, com nossas imperfeições morais, com amor e bondade, alterando-lhes o curso; entrar no mundo celular pelo pensamento e envolvê-lo em vibrações de amor, luz e paz; estimular, mandar vibrações positivas aos órgãos que estão em desalinho ou perturbados, para que voltem a sua normalidade, são métodos de comando e direcionamento das energias do Eu Superior, interferindo na complexidade da matéria orgânica, pela vontade e comando da alma, da vontade, alterando-lhes para melhor a sua movimentação.

O contrário, também faz-se verdade, quando da conduta desregrada e pensamentos violentos, de mágoa, rancor, desejo de vingança, dão curso a descompensação das energias e promovem estados de violência, depressão, obsessões compulsivas, pânico, de degeneração dos tecidos orgânicos que lhe sofrem o ataque frontal da mente sob a vontade enfermiça.

O autodescobrimento, a conscientização daquilo que se é, das nossas potencialidades e dificuldades mais íntimas, levará o ser a um conhecimento profundo das suas potencialidades adormecidas, realizadoras, que trabalharão não apenas para o seu bem, pois melhorando-se ele contribui para melhoria do quadro social que vive.

Lembremo-nos que a força do progresso é a lei da vida, podemos nos esconder como foragidos dentro da sombra de nossa consciência mas seremos sempre empurrados para frente, pelo amor ou pela dor. Sempre a atração poderosa da evolução arrastará o homem para sua destinação, a plena consciência de si mesmo, daquilo que se é, do que verdadeiramente possui, em integração com seus semelhantes, enfim, para a perfeição e plenitude.

Postergar esta ação de conscientização tem limite, porque a energia, que é vida, constitui-se de um “Psiquismo Divino”, de natureza superior, e hoje ou amanhã, a tarefa será realizada, custe o que custar, pode ser com dor, mas melhor se for com mais amor.

Paulo Ratki – Coach

Especialista e Analista Sênior em Inteligência Emocional

Paulo Ratki

Analista e Coach Especialista em Inteligência Emocional Six Seconds Emotional Intelligence Assessment – SEI Presidente do LIDE RS Líderes Empresarias Grupo Dória

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