O ser humano é movido pelo desejo. Está sempre em busca de algo, seja para suprir uma necessidade ou alcançar um ideal. O desejo pressupõe a falta. Se desejamos algo é porque algo nos falta. E o que é que mais desejamos senão ser feliz?
Mas, o que é felicidade?
Para cada sujeito e em cada momento da vida a felicidade é representada por algo diferente. Na infância ser feliz pode ser ter os pais vivendo juntos, ganhar aquele brinquedo no Natal, poder brincar até mais tarde, aprender algo novo…
Na adolescência a felicidade pode ser encontrada no instante em que aquele garoto (a) olha para nós, em ter os ingressos para ver nossa banda preferida, na nossa primeira carteira de habilitação, na aprovação para um curso tão almejado (ou não)… Na vida adulta sentir a felicidade pode ter a ver com conquistar uma vaga de emprego ou uma promoção, com adquirir uma casa própria, quitar as dívidas, criar uma criança, ver um projeto nosso acontecer, ter a oportunidade de fazer aquilo que mais gostamos…
À medida que envelhecemos, ser feliz pode consistir em não sentir dor, em apreciar a família, em ter a atenção do outro, em acordar e dormir tranquilo mais uma vez. Já ao ser acometido por uma ironia do destino, adoecer ou sofrer um acidente, a felicidade pode acontecer simplesmente diante de uma segunda chance ou da oportunidade de voltar a fazer algo que não mais se podia ser feito (andar, falar, enxergar, ouvir, comer, etc).
No entanto, sempre surgirão as ambivalências: ou desejamos e não temos ou temos e não desejamos mais. Quando algo é conquistado deixa de ser desejado e surgem novos desejos sucessivamente e sempre… Portanto, a condição de incompletude, de ser faltante é inerente a existência e só termina com a morte.
Nesse sentido, a felicidade sempre nos escapa. O melhor sempre está por vir… Será mesmo? Talvez o sujeito feliz é aquele que consegue se alegrar com aquilo que ele já é, com aquilo que ele já tem no instante presente. Talvez a felicidade contempla a capacidade de estar em paz consigo mesmo, de não se envergonhar de quem se é e de se responsabilizar por seus desejos sem se tornar escravo deles.
Só assim será possível enxergar alguma beleza na vida e encantar-se com algo da realidade como ela se apresenta, sem lamentar o que passou ou preocupar-se em demasia com o que ainda não chegou. Podemos pensar que os objetos de nossos desejos são construídos durante nossa convivência com o outro.
Porque nos não nos bastamos. Precisamos do outro para ser feliz, seja este “outro” uma pessoa, uma coisa, uma representação. Dizemos, então, que a capacidade de amar seja essencial para ser feliz. Ir além do nosso próprio gozo e encontrar a felicidade na alegria do outro, compartilhar.
Uma coisa é certa: não existem formulas mágicas para a felicidade. Porque na verdade não existe “a” felicidade, existe a “sua” felicidade, aquela que você cria. No percurso da psicoterapia conseguimos compreender o que desejamos e porque desejamos o que desejamos. Além disso, pode ser possível não remover, mas contornar os obstáculos que aparecerão entre nós e os nossos desejos, identificando possibilidades de nos sentirmos feliz.
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