Jackson Buonocore
Sociólogo, psicanalista e escritor
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O transtorno do espectro do autismo é um problema multifatorial, que se caracteriza pela dificuldade de comunicação, socialização e de uso da imaginação.
Acreditava-se que o autismo era ocasionado pela falta de contato da mãe com o bebê, ou seja, um problema gerado pela genitora, mas hoje sabemos que isso não é verdade.
Ele está presente antes dos 3 anos de idade em áreas vitais do desenvolvimento humano. O que prejudica, sobretudo, o aprendizado e a adaptação dos autistas.
Existem indícios de que o autismo surge de uma combinação de fatores ligados aos caracteres genéticos e as influências ambientais. Em outras palavras, são mutações que podem prejudicar o crescimento do feto.
No entanto, para diagnosticar o autismo é necessário a realização de testes clínicos, além da análise de uma equipe multiprofissional. Dessa forma, o autismo pode ser classificado como grave, moderado e grau leve.
Por ausência desses procedimentos, tem adultos que tiveram diagnóstico tardio de autismo, com aspectos semelhantes aos percebidos na infância. Porém, os que fizeram terapia vivem bem com o transtorno.
Há mais de 100 anos os pesquisadores estudam o autismo, o que permitiu avanços na medicina e na psicoterapia, melhorando o convívio dos autistas com os seus familiares e com a sociedade.
Enfim, o sucesso no tratamento do autismo ocorre quando cada autista consegue superar as suas limitações. E cabe aos pais, à escola e o governo garantir o apoio contínuo ao neurodesenvolvimento das pessoas com autismo.