1. Não caia no conto de que uma vida a dois é difícil porque o cérebro do homem é diferente do da mulher.
A ciência é clara em afirmar que os dois possuem o mesmo cérebro e tem as mesmas capacidades neuronais. A diferença real está na infância de cada um. Um estudo sobre a amizade na infância revelou que, aos sete anos, quase nenhum menino ou menina tem um “melhor amigo” que seja do sexo oposto. Esses universos sociais separados pouco se cruzam até que os adolescentes comecem a namorar. Os pais, em geral, falam sobre sentimentos com exceção da raiva – mais com as filhas do que com os filhos. As meninas recebem mais informação sobre emoções do que os meninos. Por isso as meninas tem mais desenvoltura na expressão dos seus sentimentos.
2. Você presta muita atenção, porque acredita mesmo nisto, quando algum amigo seu afirma: “lá em casa quem manda é minha mulher.”
De uma forma geral, a mulher chega ao casamento preparada para exercer o papel de administradora das emoções, enquanto os homens se casam sem essa ferramenta, que será muito importante para que o casal se mantenha unido. Para as mulheres , intimidade significa “discutir tudo”, sobretudo a própria relação. A maioria dos homens não entende o que as mulheres querem deles. Dizem: “Eu quero fazer coisas com ela, e ela só quer falar.” A dificuldade que os homens têm em falar sobre problemas num relacionamento é, sem dúvida, agravada por sua relativa falta de competência para interpretar expressões faciais de emoções.
3. Você considera qualquer briga como uma “boa briga”, ou seja, vale mais discutir a emoção que desencadeou o stress do que o próprio fato em si, que após a emoção extravasar torna-se por vezes insignificante.
Em uma relação saudável, os parceiros se sentem a vontade para se queixarem um do outro. Mas, muitas vezes, no calor da raiva, as queixas são expressas de uma forma destrutiva, com ataques ao caráter do parceiro(a).
A diferença entre queixas e críticas pessoais é simples: Numa queixa o parceiro(a) declara especificamente o que o irrita e critica a ação, não o outro, dizendo como se sentiu em relação ao fato. Esta é uma expressão de inteligência emocional básica, assertiva, não beligerante e nem passiva. Tudo ainda pode piorar se a crítica vier acompanhada de desprezo, uma emoção particularmente destrutiva.
4. Você presta muita atenção quando está com raiva em relação ao seu parceiro(a) e faz de tudo para controlar esse sentimento.
De todos os sentimentos de que as pessoas mais querem se ver livres, a raiva é o mais intransigente. Estudos de emoções constataram que é o sentimento mais difícil de controlar. Na verdade, ela é a mais sedutora das emoções negativas. Ao contrário da tristeza a raiva energiza e até mesmo exalta. A cadeia de pensamentos furiosos que alimenta a raiva é também, potencialmente, a chave para uma das mais poderosas maneiras de desarmá-la: de cara, minar as convicções que a abastecem. Os pesquisadores sugerem um importante modo de intervenção. Avaliar e contestar as ideias que disparam o surto, uma vez que é a avaliação original de uma intervenção que confirma e encoraja a primeira explosão de raiva, e são as avaliações posteriores que atiçam as chamas.
5. Você é bastante atento no seu impulso de agir quando está possuído por uma forte emoção.
Toda emoção forte tem sua raiz no impulso para agir: o controle desses impulsos é básico para a inteligência emocional. As reações provocadas aqui tocam em algumas de nossas mais profundas necessidades de sermos amados e sentir-nos respeitados, medos de abandono ou de ser emocionalmente privados. Mesmo assim, nada se resolve positivamente quando parceiro ou parceira está em pleno sequestro emocional. Como a capacidade de ouvir, pensar e falar com clareza se dissolve durante um desses picos emocionais, acalmar-se é um passo imensamente construtivo, sem o qual não pode haver maior progresso na solução do que está em causa. Como a inundação emocional é provocada por pensamentos negativos sobre o parceiro(a), ajuda se um ou outro que está sendo perturbado por esses rudes julgamentos os atacar de frente. Sentimentos como “Não vou mais aceitar isso” são slogans de vítima inocente ou de justa indignação.
6. Você treina, treina e treina, diariamente suas emoções fortes quando elas tendem a serem destrutivas.
Como observa o terapeuta cognitivo Aaron Beck, pegando esses pensamentos e contradizendo-os em vez de simplesmente ficar furioso ou magoado por eles o parceiro ou parceira pode começar a livrar-se do domínio deles. Como essas manobras podem ser exigidas no calor do confronto, quando certamente a estimulação emocional estará alta, têm de ser super aprendidas, para podermos usá-las quando forem mais necessárias. Isso se deve ao fato de que o cérebro emocional aplica as respostas aprendidas mais cedo na vida durante repetidos momentos de ira e dor, e portanto se torna dominante.
7. Definitivamente, aconteça o que acontecer na sua relação, você jamais sente-se como a vítima da situação.
Pensamentos de que se é uma vítima inocente, ou de verdadeira indignação, são típicos de casamentos e relacionamentos problemáticos, alimentando continuamente a ira e o ressentimento. Esses pensamentos são poderosos; disparam o sistema de alarme neural. Uma vez que o pensamento de ser vitimizado do parceiro dispara um sequestro emocional, ele se lembrará na mesma hora e ruminará sobre uma lista de queixas que lhe lembram as maneiras como o outro o vitimiza, esquecendo ao mesmo tempo tudo que ele tenha feito, em todo o relacionamento, que desminta a visão de que ele ou ela é uma vítima inocente. O efeito líquido dessas atitudes angustiantes é criar crises incessantes, porque provocam sequestros emocionais com mais frequência e tornam mais difícil recuperar-se da dor e fúria resultantes. Vem uma inundação de pensamentos tóxicos, uma desagradável onda de medo e ira que parece inevitável e, subjetivamente, dura “uma eternidade” para passar. Esse é talvez o ponto crítico mais perigoso para os relacionamentos, uma mudança catastrófica na vida a dois. Com a continuação disso, começa a parecer inútil discuti-las, e os cônjuges tentam aliviar por si mesmos seus sentimentos perturbados. Começam a viver vidas paralelas, traições, essencialmente isolados um do outro, e sentem-se sozinhos dentro do casamento.
8. Você lida bem com seus sentimentos perturbadores e entende o porque quando seu parceiro(a) não consegue o mesmo controle.
Em vista do triste resultado potencial das diferenças nas maneiras como homens e mulheres lidam com sentimentos perturbadores em seus relacionamentos, que podem fazer os casais para proteger o amor e afeto que sentem um pelo outro em suma, o que é que protege um casamento? Homens e mulheres, em geral, precisam de diferentes sintonias emocionais. Para os homens, o conselho é não contornar o conflito. Eles precisam ter o cuidado de não abreviar a discussão oferecendo uma solução prática cedo demais, tipicamente, é mais importante para a esposa sentir que o marido ouve sua queixa e empatiza com seus sentimentos no assunto (embora não precise concordar). Ela pode ouvir no conselho dele uma forma de descartar seus sentimentos, como inconsequentes.
Quanto às mulheres, o conselho é bastante paralelo. Como um grande problema para os homens é que as esposas são demasiado intensas ao expressarem suas queixas, elas precisam fazer um esforço deliberado e ter o cuidado de não atacar os maridos, queixar-se do que eles fizeram, mas não criticá-los como pessoas nem manifestar desprezo ao caráter. Queixas não são ataques ao caráter, mas antes uma clara afirmação de que uma determinada ação é incômoda. O que mais notadamente falta nos casais que acabam se divorciando são tentativas dos cônjuges, numa discussão, de reduzir a tensão. As medidas básicas são como um termostato emocional, impedindo os sentimentos expressos de transbordarem e esmagarem a capacidade dos cônjuges de concentrar-se no problema em questão. Assim se faz uma “boa briga”.
“10% dos conflitos são causados por diferença de opinião, 90% é devido ao tom de voz errado.”
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