Para alguns pais, a grande dificuldade tem sido ver seus filhos crescerem tornarem-se independentes e já não solicitarem ajuda. A situação que para a maioria é solução, para outros, no entanto, envolve até processos depressivos, principalmente quando os filhos saem de casa e passam a ter vida própria. É a chamada “síndrome do ninho vazio”.
Ainda que em alguns aspectos seja compreensível, todavia é preciso aceitar que faz parte do ciclo da vida e, portanto, não há como evitar. Tornando-se problema quando estes pais passam a exigir e cobrar dos filhos atitudes que já não fazem parte da vida adulta, com excessos e intromissões em suas vidas. Desencadeando intensos conflitos familiares, filhos, genros, noras e sogras e assim por diante.
O outro lado da moeda é quando os pais se tornam solitários, desprezados por seus filhos. Que contrate: os pais superprotegem e outros abandonam ou são abandonados. Quantos de nós não passamos uns bons tempos distantes de nossos pais? Talvez sem tempo para lhes dar atenção ou ainda, resquícios de desamor que o tempo não cura. Não se transmuta a frieza e pequenez de amar. Se eles não souberam nos amar, será que sabemos lhes dar amor? Saberemos amar nossos filhos apesar de? O tempo que tudo transforma não nos transformou, tornou-se um refúgio e nosso inimigo, razão para nossas desculpas. E, assim, continua imiscuída na sociedade, distância entre pais e filhos.
Mas, voltando ao assunto inicial, muitos pais modernos estão se sentindo frustrados em razão da chegada da maior idade de seus filhos sem que estes sejam independentes. Continuam na condição de filhos dependes economicamente de seus pais. Ou ainda que trabalhem, não ajudam nas despesas domésticas. Estes pais sabem que já está mais do que na hora destes filhos deixarem o ninho, mas eles se recusam a abrir suas asas, e alçarem voos, preferindo a proteção dos pais.
Pesquisas apontam que é cada vez maior o número de filhos que após a maioridade, ainda que com alguma independência financeira, permanecem morando com seus pais, adultos com idades variando entre 25 e 40 anos.
Em geral, pais e mães mais saudáveis psiquicamente, ajudam seus filhos a seguirem seu próprio caminho e decisões em suas vidas. Não necessariamente esses filhos ou filhas se casem. Mas, que consigam ter autonomia e vida própria, vida profissional e social própria, trabalho remunerado, sua própria moradia, responsabilizando-se por suas contas.
Algumas questões se tornam complexas, ainda mais se esta dependência estiver ligada a impossibilidade de assumir responsabilidades pela própria vida. Isto não tem haver com o fato de casar, pois esta é uma decisão que deve envolver maturidade e quanto mais maduros estivermos para esta decisão melhor será. Entretanto, esta não deveria ser a razão para que filhos adultos permanecessem na casa dos pais, sem suas próprias vidas. Até porque crescer é inevitável, casar é, ou deveria ser a escolha.
"Tê-lo comigo é simplesmente uma prova do amor de Deus”, afirmou a mãe.
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