Escutando tantas pessoas há anos, cada vez mais, me convenço que a culpa mal trabalhada leva não somente ao excesso de escrúpulos, mas acelera as doenças psicossomáticas. Além disso, conduz a incapacidade humana de perdoar, que gera infelicidade e sabota a qualidade de vida.
Falar a respeito de perdão sempre tocou as emoções das pessoas. Em nossa sociedade líquida, a palavra perdão provoca reações diferentes: paz, alívio, ironia, apatia, entre outras emoções conflitantes. Para algumas pessoas falar desse tema é “chover no molhado”, fazer algo que não adianta que não dá resultado, insistir em algo que já está definido.
Mas perdoar não significa negar ou sufocar a raiva que o acontecimento provocou, mas livrar-se dela, e aprender com a situação, a fim de seguir a vida em frente. No momento que apreendermos a perdoar, não representa que aceitamos as ofensas, porém, temos que lidar com as nossas emoções negativas para vivermos em paz e com saúde mental.
O perdão nos ensina a resolver as desavenças que muitas vezes se transformam em mágoas contra um familiar, amigo ou colega, gerando sofrimento que se mantém ao longo da vida, nos tirando a serenidade. Entretanto, para resolvermos isso, necessitamos estar integrados pela fé madura, pois na medida que o mal que cometemos ou dele fomos vítimas tiver um arrependimento verdadeiro, encontraremos a cura terapêutica do perdão.
Não é nada fácil perdoar aqueles que nos magoaram, uma vez que deixaram cicatrizes profundas. Por isso, o perdão é um processo gradual na perspectiva mental e espiritual com objetivo de cessar os ressentimentos contra alguém ou contra nós mesmos, resultantes de uma ofensa que recebemos, falhas que cometemos ou conflitos que vivenciamos.
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