Pesquisadores encontram pontos em comum em quem sente mais solidão

Uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade de Harvard, da Universidade de Stanford, da Universidade Curtin e da Universidade da Austrália Ocidental revela que a maneira de lidar com os próprios sentimentos negativos pode levar uma pessoa a se sentir mais solitária.

Ao longo do estudo, 501 pessoas adultas responderam um questionário em que declararam quão solitários se sentiam e como lidavam com emoções negativas. A partir das respostas dos voluntários, os pesquisadores descobriram alguns pontos em comum nas pessoas que se identificavam como mais solitárias:

– Atribuição de culpa: responder a uma experiência desagradável culpando a si mesmo ou responsabilizando os outros.

– Catastrofização: Focar na natureza terrível, horrível e insuportável de uma situação.

– Supressão expressiva: Esconder os próprios sentimentos e impedir a expressão da emoção.

– Rejeição/retirada: Evitar situações sociais como forma de lidar com emoções desconfortáveis.

– Ruminação: Remoer os sentimentos ou pensamentos relacionados a eventos infelizes.

A partir da análise das respostas, os pesquisadores também puderam concluir que indivíduos solitários usavam menos a estratégia de reavaliação cognitiva, ou seja: atribuir significado positivo a um evento estressante. Isso significa, por exemplo, enxergar uma ocorrência desagradável como uma oportunidade de aprender a se tornar mais forte e resiliente.

O artigo aponta que a solução para se sentir menos solitário seria mudar a maneira de lidar com sentimentos negativos por meio de psicoterapia, com a terapia cognitivo-comportamental (TCC). Também sugere que livros de autoajuda baseados em TCC também podem ser úteis.

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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de Revista PEGN
Foto de Tatiana Syrikova no Pexels.






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