As pessoas passivo-agressivas sofrem, na verdade, de um transtorno de personalidade.
Suas principais características comportamentais residem na obstinação contínua, em reagir de forma desafiadora diante das demandas dos demais, e em mostrar sempre uma atitude tão negativa quanto derrotista. No entanto, o que está claro é que sua capacidade de manipulação é tão hábil que constrói relações marcadas sempre por um grande sofrimento e infelicidade. É possível que, atualmente, você esteja convivendo com pessoas passivo-agressivas. Pode ser inclusive que tenha um familiar ou companheiro de trabalho com este tipo de transtorno.
Se este for o caso, é recomendável saber que existem estratégias de enfrentamento e terapias psicológicas com as quais reduzir este comportamento negativo e hostil causado quase sempre por duas dimensões muito básicas: a ira e a frustração.
Hoje, em nosso espaço, propomos que você descubra um pouco mais sobre este tipo de transtorno.
Para começar, algo que devemos ter em mente é que nem todas as pessoas com este tipo de transtorno mostram cada um dos comportamentos que detalharemos a seguir. No entanto, o que evidencia as pessoas passivo-agressivas é uma arte muito hábil na hora de colocar em prática uma hostilidade disfarçada de “torrões de açúcar”.
Ou seja, são capazes de nos fazer mal de forma compassiva, simulando carinho quando o que há no fundo é um desejo expresso de humilhar, controlar ou ridicularizar.
Estas seriam, portanto, as características mais básicas:
Esta é a primeira pergunta que fazemos a nós mesmos. Por que agem desta forma se, a longo prazo, só conseguem mais frustração e relações sociais disfuncionais?
Estas seriam algumas explicações:
É possível que a primeira ideia de como “lidar” com uma pessoa passivo-agressiva seja fugir dela. No entanto, esta não é a abordagem mais adequada por várias razões.
A primeira é que nós mesmos podemos acabar sofrendo, e a segunda é que nem sempre devemos fugir do que nos incomoda ou é muito difícil de lidar.
Não podemos nos esquecer de que o que nutre as raízes da pessoa passivo-agressiva é a baixa autoestima. Portanto, algo que ela teme, acima de tudo, é ficar sozinha.
Devemos ser assertivos com elas, impor limites, ser razoáveis e sugerir opções corretas para o seu comportamento.
A pessoa passivo-agressiva sofre com a síndrome de inferioridade, uma gestão imatura de suas emoções e uma autoestima muito baixa.
Ninguém pode ser competente social ou afetivamente com estas carências, com estas limitações. Portanto, é prioritário ter a coragem de pedir ajuda profissional.
A terapia cognitivo-comportamental, por exemplo, é muito recomendável nestes casos.
É necessário lembrar que as pessoas passivo-agressivas não são doentes, são apenas indivíduos que, por trás de sua antipática armadura e seu comportamento manipulador, escondem seres frágeis que precisam ser ajudados.
Tentemos, portanto, fazer com que elas deem passos rumo ao bem-estar, até a vontade clara de querer melhorar com a ajuda de uma boa terapia.
Imagem de capa: Shutterstock/Twinsterphoto
TEXTO ORIGINAL DE MELHOR COM SAÚDE
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