O estresse é definido como uma resposta física do organismo a um estímulo. Quando estressado, o corpo acredita que está sob ataque e muda para o modo “lutar ou fugir”, liberando uma mistura complexa de hormônios e substâncias químicas como adrenalina, cortisol e norepinefrina para preparar o corpo para a ação física.
Segundo pesquisas da Isma-BR, representante local da International Stress Management Association, nove em cada dez brasileiros no mercado de trabalho apresentam sintomas de ansiedade.
O equilíbrio para todas essas sensações pode estar na natureza. Além da observação de aves, prática que pode combater ansiedade e depressão, as plantas podem ser usadas como remédios naturais.
De acordo com a aromaterapeuta Thairiny Toti, as plantas medicinais são compostas por substâncias químicas importantes para as espécies. “Esses ativos fazem parte do metabolismo secundário da planta, com a função de protegê-la ou auxiliá-la em sua adaptação evolutiva. Por exemplo: enquanto o aroma de algumas atraem os insetos para a polinização, o mau cheiro de outras afasta predadores”, explica a especialista, que destaca o poder dessas substâncias no reino animal.
“A grande maioria desses compostos são medicinais e podem atuar no sistema nervoso central, tálamo, hipotálamo, órgãos e tecidos, com ações tranquilizantes, sedativas, calmantes, anti-inflamatórias, adstringentes, antiespasmóticas, digestivas e cicatrizantes, por exemplo”, diz.
Na lista dos ‘calmantes naturais’ constam lavanda, melissa, valeriana, camomila e tília. “As propriedades calmantes, relaxantes e sedativas conferem eficiência no tratamento de desordens nervosas. Por atuarem no sistema nervoso, são coadjuvantes em doenças relacionadas à insônia, estresse e cefaleias tensionais, aliviando a irritabilidade, melhorando a coordenação e reduzindo a ansiedade”, detalha.
Encontradas facilmente em farmácias de manipulação e herbanários, as espécies são acessíveis, mas devem ser escolhidas corretamente. “É importante se atentar a qualidade da planta, cor, aroma e procedência. Também é preciso escolher a espécie correta, por isso, prefira pesquisar pelos nomes científicos”, ressalta.
Essas plantas podem ser sedativas para insônia, distúrbio do sono, ansiedade e tensão, melhorando a qualidade do sono.
No quesito contraindicações, a especialista faz um alerta: a diferença entre antídoto e veneno está na dosagem. “Por isso é necessário que estas sejam seguidas corretamente, desde o preparo ao consumo”, destaca Thairiny, que dá algumas dicas. “Evite doses altas e uso prolongado. É preciso haver períodos de ‘descanso’ em tratamentos mais longos e, caso opte por um tratamento fitoterápico, é necessário acompanhamento de um profissional”.
***
Destaques Psicologias do Brasil, com informações de G1.
Foto destacada: Reprodução/Terra da Gente.