Por Geysianne Marquezólo

A fofoca é um ato muito comum na vida das pessoas. Isso porque, em qualquer lugar – sendo no trabalho, na escola, em casa – onde haja mais de uma pessoa, em qualquer momento cabe uma bela fofoca sobre um fato da vida de um colega, amigo ou conhecido.

Todo mundo fofoca. Ou de ouvir uma fofoca ou de contar. Mas por que será que as pessoas fofocam?

O ato de fofocar faz com que uma pessoa se sinta parte de um grupo, pois, quando temos intimidade com alguém, temos essa liberdade de expressar nossa opinião. Falar sobre alguém ou um fato que ocorre é na maioria das vezes divertido, aproxima as pessoas, proporciona momentos de risos, espanto e intimidade.

O ser humano sempre observa o comportamento do outro, seja para aprender algo, basear-se nele, ou mesmo copiar. As pessoas falam ainda mais se esse comportamento observado foge dos padrões normais da sociedade, se essa pessoa se veste de modo diferente, ou fala diferente, ou seja, se comporta de modo estranho ao que já estamos acostumados.

A fofoca também advém de amor, ódio e inveja da pessoa de quem se fala. Paremos para pensar um instante: uma pessoa muito bonita, elegante, geralmente admirada por uns, causa inveja por parte de outros. A qualquer momento pode surgir um comentário, digamos, maldoso, a fim de denegrir a imagem dessa pessoa, fazer com que ela seja vista de outra forma pela sociedade.

A fofoca, além de ser esse ato social, de aproximar as pessoas, pode ser compreendida como baixa auto-estima e inveja por parte daquele que fofoca. Convenhamos que a maior parte das fofocas não são elogios feitos a determinada pessoa, mas sim alguma crítica, isso porque existe alguma coisa naquela pessoa mencionada mexe com algo muito particular nosso. E por que mexe? Cada um tem sua história de vida, seus medos, receios e opiniões.

Veja bem, a fofoca é tão interessante e atrativa para as pessoas, que os programas que tem maior audiência são aqueles que falam da vida dos famosos, contam sobre os seus relacionamentos e os maiores boatos do momento. Saber da vida alheia mexe muito com os nossos instintos, com nossa curiosidade, pois o ser humano não está satisfeito apenas com o que lhe ocorre, precisa saber do outro, precisa saber por que não sobrevive sozinho. O que vai determinar se isso lhe é prejudicial ou não é o grau em que isso ocorre. Se o fofoqueiro busca sempre denegrir a imagem do outro, esse deve ser ajudado.

E não julguemos os nossos colegas fofoqueiros. Todas as pessoas têm receios, momentos de baixa auto-estima e inveja dentro de si. Todas as pessoas falam do outro, sejam comentários bons ou outros não tão bons assim.

Dessa forma, antes de fazer uma bela fofoca, vamos refletir sobre a seguinte frase de Mussak (2008):

“Uma fofoca é como o vento. Passa, mas vai deixar alguma consequência. Se for apenas um ventinho, a consequência nem será sentida, mas se for um vendaval, pode deixar um rastro de destruição”.

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Geysianne Marquezólo

Psicóloga Esp.CRP14/ 05130-9 Docente na Faculdade de Educação, Tecnologia e Administração de Caarapó- FETAC Psicologia Forense. Psicóloga Clínica Telefones: (67) 9926-7723 / (67) 8454-9565 Comercial: (67) 3463-1568

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