Betty Monteiro é nossa embaixadora, psicóloga, atriz, autora, mãe de quatro filhos e avó de seis netos. Energia é o que não falta para ela, que em 2014 lançou mais um livro Avós e Sogras: A Experiência no Consultório. Esse lançamento mostra como a relação entre pais, avós, sogros e sogras afeta diretamente a felicidade dos nossos filhos e a dos pais também.
Hoje em dia, algumas mães veem as pessoas mais velhas com maus olhos quando se trata da educação das crianças. Elas acabam tendo uma necessidade de autoafirmação e recusam o estereótipo da própria mãe, como se aquele conhecimento fosse algo ultrapassado. Ao mesmo tempo, existem os avós que querem poder e não admitem que os filhos tenham se tornado pais. É muito difícil largar o poder de mãe, mas nessa vida não dá para ter sempre o mesmo papel! E, nesse caso, os avós são coadjuvantes por definição.
Apesar de não serem protagonistas na educação dos netos, o papel dos avós é megaimportante! Eles são sábios e tem a capacidade de ouvir, algo que as pessoas, em geral, não conseguem. Os avós costumam ouvir as crianças mais do que os pais e, assim, criam uma conexão com os netos. Muitas vezes, para quem já foi pai e mãe duas vezes, o único desejo é ficar em casa sossegado e curtindo o parceiro. Mas a gente sabe que não é assim que funciona e os netos passam muito tempo na casa dos avós. Isso é normal, mas precisa ter limites! Viajar e dar uma sumidinha por um tempo é ótimo para se recuperar e curtir essa fase da vida.
O avô bem equilibrado ajuda o pai e a mãe a ouvir e traduzir o que a criança quer dizer. Muitas vezes, isso se mostra em atitudes, não adianta falar. O avô faz elo pelo silêncio, uma postura serena, agindo no momento certo. Quando chega esse momento de ser pai ou mãe pela segunda vez, a vida toma outro rumo, as relações mudam e, sempre com bom senso e equilíbrio, essa nova fase pode ser uma delícia!
Texto original de Pais E Filhos