“Preciso me apresentar a minha filha quase todas as manhãs”, relata mãe

Tia Bondarczuk ficou aterrorizada ao encontrar sua filha Gracie, de 4 anos, no chão com espuma na boca no início deste ano. A mãe, da Austrália Ocidental, não sabia que isso era apenas o começo de uma série de eventos que levariam à rápida deterioração da saúde de sua filha.

“Levamos Gracie para o hospital em Bunbury, onde ela foi diretamente para a área de reanimação”, disse Tia ao Yahoo News. “A temperatura dela estava acima de 41 graus e os médicos não sabiam se ela ficaria bem. Ela estava inconsciente.”

Gracie teve uma convulsão febril, causada por febre alta. Mais tarde, o pediatra alertou sobre a gravidade da situação: “Tivemos sorte de ela não ter morrido devido à temperatura alta ou à espuma que poderia ter causado asfixia.”

Após duas noites no hospital, Gracie foi liberada, mas os médicos avisaram que ela poderia ficar “estranha” por algumas semanas. Quase três meses depois, Gracie ainda sofre várias convulsões diárias, algumas causando amnésia temporária. “Gracie tem convulsões de grande mal – até quatro por dia – ficando inconsciente ou olhando fixamente para a parede”, disse Tia.

A perda de memória é a parte mais difícil. “Ela esquece que somos seus pais e eu tenho que me apresentar todos os dias”, contou Tia. “É muito difícil vê-la sem saber quem somos.”

Recentemente, durante uma brincadeira de esconde-esconde, Gracie não reconheceu a mãe e a atacou. “Ela me deu um soco na cara e gritava ‘Quem sou eu? Quem é você? Eu não sei o que é mãe’.”

Desde a primeira convulsão em fevereiro, a família busca respostas. Apesar do encaminhamento para o Hospital Infantil de Perth, o processo pode levar mais de um ano. Gracie está passando por testes caros, não cobertos pelo seguro, e fazendo terapias físicas e sensoriais.

“As avaliações custam entre US$ 1.000 e US$ 3.000 cada, e há cerca de seis delas. Estou tentando conseguir a melhor ajuda para ela, mas tenho que escolher entre pagar as contas e cuidar da saúde da minha filha. Isso é o mais difícil.”






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