Você já refletiu sobre o aumento das separações e divórcios nos últimos anos? Essa tendência em alta pode nos preocupar, ou ser o ponto de partida para nos comprometermos com o outro e evitar que haja uma “desistência”. Neste artigo, contaremos quais os sinais de insatisfação num relacionamento para que você possa identificá-los e trabalhar para evitá-los.
Desde que nascemos, os vínculos afetivos são muito importantes para o ser humano.
Um adulto que tenha desenvolvido vínculos seguros durante os seus primeiros anos de vida tem mais chances de experimentar intimidade e de se sentir bem numa relação a dois.
Também é importante levar em conta a imagem que cada pessoa tem de si dentro do matrimônio.
Isso significa que, se gostamos de nós mesmos, é mais fácil interagir de maneira positiva com o outro. Mas, ao contrário, uma autoestima deficiente está ligada à rejeição, à dependência e a ciúmes doentios. Isso pode levar a rupturas e separações. A maioria dos problemas conjugais são causados por uma “perda da liberdade” por um dos membros. Este dá a entender que não está vivendo como deseja e que está cansado de ter que entrar em acordo o tempo todo.
Por outro lado, não podemos deixar de lado o processo de idealização que todos experimentamos no início de uma relação. No momento em que essa visão de perfeição do outro vai diminuindo, é mais provável que comecem as brigas e insatisfação.
Ao começar uma relação, fala-se de amor, de paixão e de conexão. Com o passar do tempo, as palavras mais usadas são compromisso, carinho e segurança. A insatisfação no casal pode se desenvolver em qualquer etapa, mas sobretudo ao deixar de lado a idealização ao viverem juntos. Abaixo, descrevemos alguns dos sinais que demonstram que não estamos satisfeitos com nosso relacionamento. Devemos agir para evitar que essas pequenas diferenças se tornem a causa de uma separação.
Um dos “benefícios” mais destacados de estar em casal é se sentir apoiado. Seja no trabalho, em um projeto pessoal, no começo de uma carreira ou em pequenas coisas, como mudar os móveis de lugar ou cortar o cabelo. Isso não quer dizer que, para nos sentirmos bem, o outro deve dizer “sim” para tudo, mas estar ao nosso lado quando precisamos. Se ultimamente seu parceiro ou parceira não te acompanha ou não está presente em seus momentos importantes, talvez esse seja o motivo de insatisfação.
É verdade que, quando convivemos com alguém, devemos nos moldar para que o dia a dia seja mais harmônico e agradável. No entanto, quando qualquer desculpa é boa para discutir, já não é tão bonito. Fazer uma tempestade em copo d’água é um sinal de insatisfação, já que a briga é usada como via de escape para dizer o que sentimos. Para evitar isso, a comunicação é fundamental.
Sem importar qual seja o plano, receber um “não” como resposta é frustrante. Pode ser um convite ao cinema, jantar com os amigos, sair de férias ou comprar um carro novo. A negação sistemática é um sinal de alarme que não podemos deixar passar.
Ainda que seja saudável que cada um tenha sua própria opinião sobre diferentes assuntos, existe um em particular em que é até perigoso pensar diferente: o ideal do relacionamento. Se um quer formar uma família e o outro não deseja ter filhos, ou se o futuro para um reside em viajar pelo mundo e para o outro é se estabelecer no mesmo lugar, as coisas se complicam.
Além disso, quando esse ideal de casal se “choca” com a realidade e com o que vemos, não apenas se traduz em insatisfação, como também numa percepção errônea do outro. Nos tornamos seres “fechados”, mal-humorados ou irritados por tudo o que não se encaixa com nossos valores.
Quando vamos atravessando as diferentes etapas da vida a dois, também mudamos nossos desejos e objetivos. No entanto, pode ser que um dos dois tenha ficado no estágio anterior e isso gere insatisfação. Por exemplo, se um considera que já é tempo de formalizar e ter filhos e o outro continua pensando que a vida de namoro é melhor…
Se o outro não nos agrega nada, é porque estamos em sintonias diferentes. A evolução do casal é fundamental e tem a ver com cumplicidade, confiança, respeito e, é claro, amor. Quando alguns desses pilares falta, é muito difícil se sentir bem.
Ter atribuições quer dizer realizar diferentes comportamentos para com o outro, sem dar-lhe a chance de escolher ou pensar por si mesmo. Por exemplo, dizer que roupa deve vestir, que alimentos deve consumir ou que trabalho aceitar. A linha entre querer ajudar e se intrometer na vida do outro é muito tênue e devemos prestar muita atenção.
Se alguém está insatisfeito com o que tem, buscará uma forma de mudar isso. Como? Através do penteado, do estilo de roupa ou das amizades que o rodeiam.
Imagem de capa: Shuttestock/Koldunov
TEXTO ORIGINAL DE MELHOR COM SAÚDE
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