O excesso sufoca, impede o pensamento, aniquila o espaço da troca e da criatividade.
-O que, outrora, poderia parecer uma pessoa sofisticada pode esconder um alguém com compulsão por compras.
-Excesso de cursos e títulos universitários podem ser camuflagens para aqueles que temem a si mesmos e o sentimento de ser “menos do que os outros”.
-Falar demais- de si e do outro- indica uma necessidade de afirmação, um impulso nervoso que tudo invade com detalhes demais e reflexões de menos.
Há em todos pontos cegos relativos às suas próprias personalidades.
Existe uma falta de visão que pode ser situacional e impedir de identificar nossas próprias defesas. Até porque, como disse Clarice Lispector: “Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.”
– O arrogante pisa no outro para valorizar-se enquanto dá milhões de indicativos de sua baixa estima e insegurança pessoal.
– O fofoqueiro fala do outro enquanto desvia-se de si mesmo, a quem passa a vida comparando com o outro e cavando a sua própria miséria de não equiparar-se. Destrói, então, aquele de quem fala para se sentir menos inferior.
– O invejoso, como eu disse em outra situação, elogia a cristaleira para depois quebrar os cristais.
– A pessoa carente de amor, pode sufocar em carinho ou na demanda pelo retorno afetivo do outro.
“Com mais de uma década de pesquisa, David Dunning, um psicólogo da Universidade de Cornell, demonstrou que os seres humanos acham “intrinsecamente difícil ter uma noção do que não sabem”.
Se um indivíduo não tem competência em raciocínio lógico, inteligência emocional, humor ou mesmo habilidades de xadrez, a pessoa ainda tende a classificar suas habilidades naquela área como sendo acima da média.
Dunning e seu colega, Justin Kruger, agora na Universidade de Nova York, fizeram uma série de estudos nos quais deram às pessoas um teste de alguma área do conhecimento, como raciocínio lógico, conhecimento sobre doenças sexualmente transmissíveis e como evitá-las, inteligência emocional, etc.
Em seguida eles determinaram as pontuações alcançadas, e, basicamente, pediram que os próprios avaliados lhe dissessem o quão bem eles achavam que tinham se saído.
Os resultados foram uniformes em todos os domínios do conhecimento. As pessoas que realmente se saíram bem nos testes tenderam a se sentir mais confiantes sobre o seu desempenho, mas apenas ligeiramente. Quase todo mundo achou que foi melhor do que a média.” – fragmento do texto de Natalie Wolchover
Identificar pontos como esses pode nos proteger de sucumbirmos à agressões externas ou até mesmo aos nossos sentimentos mais mesquinhos e primitivos. Tomar consciência e manter uma reflexão crítica permite aquele “segundo de avaliação” que evitará uma briga desnecessária, um comentário ciumento, a frase agressiva ou mesmo uma postura presunçosa.
Pensar sobre o que está acontecendo – ou mesmo sobre o que aconteceu- é a dinâmica possível para, se não evitar que erremos, ao menos evitar que perpetuemos um erro ao longo da vida.
Sempre que estivermos frente a uma carroça barulhenta, que tenhamos a humildade de parar e avaliar de onde vem o barulho. Afinal, as rodas que rangem podem ser as nossas também.
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Imagem de capa: Irina Levitskaya/shutterstock
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