O queniano Roy Allela, de 25 anos, é um engenheiro que trabalha para professores da Intel e da ciência da informação na Universidade de Oxford. Ele é responsável por uma invenção que o fez ser um dos 16 indicados a um prêmio de £ 25 mil — o equivalente a R$ 120 mil — da Royal Academy of Engineering Africa. Sua invenção é uma luva inteligente que converte os movimentos da língua de sinais em áudio.
Segundo reportagem publicada no Jornal Extra, a ideia surgiu da dificuldade da sobrinha de Roy para se comunicar. A menina tem surdez congênita e, à época, ninguém na família sabia língua de sinais.
As luvas, que foram batizadas como Sign-IO, têm sensores flexíveis costurados em cada dedo. Os sensores “quantificam” a curva dos dedos e processam os sinais. As luvas são conectadas via Bluetooth a um aplicativo de celular que Roy também desenvolveu. É este aplicativo queque vocaliza as letras.
“Minha sobrinha usa as luvas, as conecta ao celular dela ou ao meu, depois começa a fazer sinais. E eu entendo o que ela está dizendo. Como quase todos os usuários de língua de sinais, ela é muito boa em leitura de lábios, então ela não precisa que eu faça sinais de volta”, contou Roy ao jornal britânico “The Guardian”.
Quem usa a Sign-IO pode configurar a linguagem, o gênero e o tom da vocalização por meio do aplicativo, com resultados que chegam a 93% de precisão, segundo Roy.
As luvas foram testadas em uma escola para crianças com deficiência no condado rural de Migori, no sudoeste do Quênia. Lá, foi possível aprimorar um dos aspectos mais úteis e importantes da iniciativa: a velocidade com que a luva funciona.
“As pessoas falam em velocidades diferentes e é o mesmo que as pessoas que usam a linguagem de sinais: algumas são muito rápidas, outras são lentas, por isso integramos na aplicação móvel para que seja confortável para qualquer um que a utilize”, afirmou Roy.
Roy agora está tentando disponibilizar dois pares de luvas em cada escola para crianças com deficiência no Quênia. Ele acredita que elas poderiam ser usadas para ajudar as 34 milhões de crianças em todo o mundo que têm perda de audição.
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de Extra.
Foto destacada: Brett Eloff/Royal Academy of Engineering.
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