Por Ana Carolina Leonardi
Planejamento pode fazer qualquer atividade legal ficar com cara de trabalho. Pesquisadores da Universidade Estadual de Ohio fizeram uma série de estudos que mostram que o jeito mais fácil de acabar com a diversão de qualquer atividade é ter um cronograma para ela.
O primeiro teste que eles fizeram era só hipotético. Eles mostraram um cronograma de estudos para dois grupos de voluntários. Pediram que cada um imaginasse que aquela era sua programação para a próxima semana, e que eles teriam que encaixar uma saída para tomar sorvete com um amigo. Um grupo marcava o passeio para daqui a dois dias e anotava no calendário. O outro tinha que imaginar que tomava sorvete em qualquer buraco da sua agenda que aparecesse.
O grupo que curtiu um sorvetinho espontâneo, mesmo que imaginário, saiu da experiência bem mais feliz que o grupo organizadinho que programou a saída com antecedência. Depois disso, os cientistas fizeram testes mais práticos.
Em um experimento online, ofereceram uma série de vídeos do Youtube para os voluntários escolherem. Um grupo assistia o vídeo na hora. Outro grupo só recebia o link em um horário específico. De novo, as pessoas que mais curtiam a experiência de assistir aos videozinhos eram aquelas que não tinham que se encaixar a um cronograma regrado.
Para os pesquisadores, os resultados mostram que por mais legal que uma atividade seja, ela é bem mais aproveitada quando não temos que programá-la com antecedência. Os participantes associavam regras e cronogramas à compromissos e obrigações, diminuindo o prazer que sentiam com qualquer atividade de lazer.
O estudo pode explicar porque, quando fazemos muitos planos para férias ou feriados, acabamos voltando ao trabalho mais cansados do que saímos.
Mas também não é preciso se entregar ao caos para curtir o tempo livre, é só não exagerar. Em mais um dos experimentos dos estudos, os pesquisadores montaram uma banquinha de café e bolachas grátis durante a semana de provas da universidade. Os alunos recebiam tickets para buscar seu lanche. Alguns dos tickets eram flexíveis, válidos por um intervalo de duas horas. Outros era bem radicais: “esteja aqui às 17h20” ou perca seu café, por exemplo.
Segundo os pesquisadores, ter esse intervalo flexível, mesmo que programado, já era suficiente para diluir os efeitos negativos de ter que programar seu tempo livre. A dica deles, nesse caso, é aproveitar o fim de semana para marcar algo “a noite”, ou “no fim da tarde”, sem um horário específico. Assim, você garante o máximo de diversão possível, sem semelhança nenhuma com o fantasma da reunião de segunda-feira.
TEXTO ORIGINAL DE SUPERINTERESSANTE
Imagem da capa: Shutterstock/Iordani
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