Hábitos ruins como procrastinar, fofocar e roer as unhas podem fazer mal quando feitos em excesso. Alguns especialistas, no entanto, estão afirmando que essas práticas em pequenas doses podem demonstrar um estilo de vida saudável. Abaixo, confira dez costumes com má fama que podem ser bons — o único que não recomendamos fazer é contrariar sua mãe (ou avó) quando ela manda pegar o casaco…
Balançar as pernas ou mexer os dedos enquanto você está sentado pode te ajudar a se manter saudável. Um estudo descobriu que mulheres que não ficavam tão quietas no trabalho tinham níveis de mortalidade menores do que as que não se mexiam muito.
Pesquisadores acompanharam o crescimento de cerca de mil crianças dos 5 aos 11 anos. Quando elas completaram 11 anos, os estudiosos perguntaram aos seus pais quais hábitos eles tinham: roer unhas ou chupar o dedo.
Quando as crianças tinham 13 e posteriormente 32 anos, os cientistias aplicaram testes de alergia nelas. Os resultados apontaram que quem chupava o dedo ou roía unhas tinham menos chances de desenvolver alguma alergia. Os pesquisadores, contudo, não querem estimular as práticas. Roer unhas, por exemplo, pode machucar a pele envolta da unha e a torna mais suscetível a infecções.
Diversos estudos sugerem que marcar chiclete pode te deixar mais alerta. Inclusive, uma pesquisa demonstrou que pessoas que mastigaram chiclete foram melhores num teste de inteligência do que quem não tinha nada na boca. Além disso, uma outra análise apontou que a mastigação do chiclete pode reduzir níveis de estresse.
Adam Grant, autor do livro Originais: Como os Inconformistas Mudam o Mundo (Sextante), defende que o conceito de procrastinar também engloba “esperar o momento certo”. Em outras palavras, a procrastinação ajuda a aumentar a criatividade pois você dá um tempo para desenvolver suas ideias.
Em entrevista ao portal Business Insider, Grant afirmou que Steve Jobs é um exemplo de pessoa que se beneficiou ao atrasar algumas tarefas. “O tempo que Steve Jobs estava deixando coisas de lado ele deixou mais ideias divergentes virem à tona”.
Diana DeLonzor, autora do livro Never Be Late Again (Nunca Mais Atrase, em tradução livre) traz uma luz para os atrasados: eles são mais esperançosos e esperam o melhor das coisas. “Muitas pessoas que se atrasam são otimistas e pouco realistas, o que afeta a percepção deles do tempo”, afima uma reportagem do The New York Times sobre o tema. “Elas realmente acreditam que podem sair para correr, pegar as roupas na lavanderia, comprar coisas na padaria e ainda deixar as crianças na escola em apenas uma hora.”
Uma pesquisa citada no site The Altantic demonstrou que quem reclama mais conscientemente, ou seja, que tem um objetivo e um resultado em mente, são mais felizes de quem simplesmente fala mal de tudo. De acordo com o psicólogo Guy Winch, há uma maneira melhor de reclamar: primeiro, fale com naturaldiade para a pessoa que ouvir não ficar na defensiva. Depois é preciso apresentar a reclamação de uma maneira não hostil. E por último, diga a pessoa que qualquer ação que ela tomar será apreciada.
Uma pesquisa indicou que pessoas que tem a mesa de trabalho ou de estudos bagunçada são melhores orientadas porque elas têm motivação para buscar organização em outros lugares e coisas. Isso significa que uma mesa desorganizada pode demonstrar que a pessoa é mais produtiva.
Especialistas sugerem que fofocar para beneficiar alguém pode te fazer melhor. Uma pesquisa colocou um grupo de pessoas para jogar um teste de confiança. Enquanto isso, outros indivíduos ficaram de fora da avaliação observando o que acontecia. No jogo, uma das pessoas cometia uma traição. Quem estava obervando a cena registrou aumento nos ritmos cardíacos. Os pesquisadores permitiram que os observadores enviassem qualquer tipo de mensagem aos participantes do teste. Metade das pessoas que assistiam resolveram contar sobre a traição.
Depois de enviar os recados, os observadores disseram que se sentiam melhores, além de mostrar diminuição no ritmo cardíaco. Os estudiosos classificaram isso como “fofoca pró-social”.
Passar alguns minutos “no mundo da lua” pode fazer você mais criativo e produtivo. É o que apontou uma pesquisa publicada no periódico Neuropsychologia. Basicamente, se seu cérebro é eficiente, ele tem propensão a sonhar acordado durante tarefas rotineiras ou chatas. Isso acontece porque a maior eficiência do cérebro dá mais espaço para os pensamentos e raciocínio.
Um artigo do Quartz sugere que usar muitas palavras como “um, uh, ah, yeah”, por exemplo, ajuda os ouvientes a entender e lembrar o que você está falando.Além disso, outra pesquisa identificou que pessoas que tem mais consciência usam bastante esses tipos de expressões durante conversas.
TEXTO ORIGINAL DE REVISTA GALILEU
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