Quem não teve o seu momento de ressurgir de algo muito difícil, praticamente um limite que não imaginava passar?
Pode ser uma situação de vida que trouxe à sua frente para você refletir como tem lidado com as dificuldades, as suas crenças e verdades que tanto você luta para ser fiel e também àquelas que não gostaria de ser, mas que diante de tal situação você se vê executando uma a uma, pois o medo, as confusões emocionais, as acomodações trazem tudo isso bem carregado de padrões antigos de pensamento e hábitos.
Por mais que se ocupe de diversas atividades, você sabe que tem empurrado algumas coisas que deveriam ser vistas, mas aí algo acontece e você tem que rever sua postura, seus temores, sua vida. Pode ser que o fato seja catastrófico externamente, como perda de emprego, casa, pessoas queridas, separação, uma doença grave consigo, ou nem tanto, como ir assinar um contrato de aluguel. Mas algo toca profundamente, ou surge um incômodo surpreendente, ou ainda, um sofrimento atroz decorrente de uma discussão como se tivesse lhe tirado a vida. Parece que caímos em um buraco, um abismo e estamos lá no fundo machucados, cansados, enfraquecidos parecendo que estamos prestes a sucumbir. O mundo nos parece inóspito e as pessoas distantes do nosso alcance. Ficando um tempo assim, o impacto passa e a dor anestesia. Podemos até imaginar que podemos viver aí.
Quando estamos feridos, ainda que anestesiados, “voar” é a última coisa que acreditamos poder fazer, e a primeira que verdadeiramente pode nos fazer sair desse estado de alma.
Queremos ficar encolhidos ou distraídos porque voar alto requer risco, visão ampla, conhecimento de si próprio, coragem de ver-se e seguir apesar dos percalços, isto é, contrabalançando o que atrapalha com o que auxilia dentro de nós.
É fundamental considerar que os outros também estão em seus vôos e quedas com suas próprias questões. Assim sendo, precisamos saber de nós próprios para não confundirmos os obstáculos naturais da jornada, os causados pelos outros e os sorrateiramente cultivados por nós mesmos.
Olhar especialmente para os nossos entraves a título de nos colocarmos em nosso lugar é enfrentarmos as situações de frente podendo optar entre se vitimar ou tomar sua parcela de responsabilidade e decidir buscar um plano de vôo melhor.
Então, vale lembrar alguns itens indispensáveis para a viagem da vida, leve sempre em sua mala: ESPERANÇA – FORÇA – SEGURANÇA ÍNTIMA – SONHO – VONTADE – VISÃO POSITIVA – PROATIVIDADE. Como estão estes itens em sua vida? Avalie e veja que item você precisa mais. Lembrando que ao longo da experiência também é possível adquirirmos.
Depois, consulte seus botões e pense no PASSAPORTE PARA A VIDA: O que você tem para poder entrar na viagem?
Ainda que você possa estar esquecido, se pensar com cuidado, dá para encontrar algo em si mesmo que lhe conduz para adiante, que pode ser este passo que é necessário para alçar seu vôo. Aproveite o vento, e boa viagem!
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