A justiça paulista condenou o restaurante Coco Bambu a pagar uma indenização por danos morais à mãe de uma criança com autismo. De acordo com a mulher, ela sofreu um constrangimento na unidade “Conceito” do Golden Square Shopping, em São Bernardo do Campo. O caso ocorreu em junho de 2021.
A mãe conta que levou o filho para brincar em um espaço de lazer nas proximidades do restaurante e, em dado momento, resolveu ir até o Coco Bambu, onde um músico se apresentava aos clientes. O garoto tentou subir ao palco e o músico imediatamente fez reclamações de forma ríspida ao microfone, constrangendo a mãe e o menino. “Essa criança não tem mãe? Dá para tirar essa criança daqui?”, teria dito o homem.
O músico, que tem deficiência visual, chegou a ser alertado pela mãe de que a criança tem autismo, mas afirmou, segundo a acusação, que não se importava. “Para mim pouco importa se ele é autista ou não, quero que o retire daqui agora. Se você não consegue controlar, tem que trancar dentro de casa!”.
A mãe relatou à Justiça que pegou a criança e saiu chorando do restaurante. “A autora [do processo] viu todo esforço de inclusão de seu filho ser destruído por uma pessoa completamente despreparada”, disseram José Carlos Leal dos Santos Júnior e Ely Guedes Sales, advogados que representam a mulher.
Segundo os advogados, o gerente do restaurante pediu desculpas à mãe após o constrangimento e ofereceu uma porção de batatas como cortesia. “Em vez de retirar o cantor do palco e exigir explicações, ele ofereceu uma porção de batatas”.
O Coco Bambu disse em sua defesa que não tem responsabilidade sobre os fatos, pois o músico foi contratado por empresa terceirizada, a Eshows, e que, por ter uma deficiência visual elevada, o artista não conseguia ver de forma nítida o que estava ocorrendo. “O músico tomou um susto, sendo obrigado a pedir que retirassem a criança para evitar que ela se machucasse”, alegou o restaurante.
O restaurante ainda argumementou na Justiça que o músico não ofendeu a criança ou a mãe. Afirmou também que o gerente ofereceu a batata para agradar o menino e para que a mãe ficasse calma para “enxergar, sem tanta emoção envolvida, que o músico havia simplesmente pedido para que retirassem a criança, temendo acidentes”.
Já o músico, Valter da Silva Sobrinho, afirma que o relato da mulher é “mentiroso”. “Ninguém em sã consciência dirige ofensas gratuitas a qualquer criança! Se eu tivesse dito as coisas que estão me acusando, eu certamente teria sido linchado publicamente por todos à minha volta!”, afirmou.
O juiz Carlos Augusto Visconti disse em sua sentença que testemunhas confirmaram o constrangimento imposto à mãe e à criança e que “a fala do cantor foi muito agressiva perante o público”. O restaurante, o cantor e a empresa Eshows foram condenados a pagar uma indenização de R$ 10 mil, valor que deverá ser acrescido de juros e correção monetária.
***
Destaques Psicologias do Brasil, com informações de O Hoje.
Foto destacada: Reprodução.
Uma pequena joia do cinema que encanta os olhos e aquece os corações.
Uma história emocionante sobre família, sobrevivência e os laços inesperados que podem transformar vidas.
Você ama comprar roupas, mas precisa ter um controle melhor sobre as suas aquisições? Veja…
Qualquer um que tenha visto esta minissérie profundamente tocante da Netflix vai concordar que esta…
Além de ameaçar os relacionamentos, esta condição psicológica também pode impactar profundamente a saúde mental…
Aos 64 anos, Elaine Macgougan enfrenta alucinações cada vez mais intensas conforme sua visão se…