Determinados tipos de medicamentos podem conduzir a um quadro depressivo como efeito colateral. Este efeito acontece, geralmente, em apenas uma pequena percentagem de pessoas e, nestes casos, o medicamento deve ser substituído, pelo médico, por outro que tenha a mesma ação, mas não induza este efeito colateral.
Cabe ressaltar que o quadro depressivo, caracterizado por sintomas depressivos esparsos e de menor gravidade, é diferente da síndrome depressiva, que é um conjunto de sintomas muito mais consistente e mais sério, o que comumente chamamos de depressão.
O mecanismo de ação pelo qual estes medicamentos induzem a um quadro depressivo não é sempre o mesmo e, por isso, se uma pessoa desenvolver sintomas da depressão como efeito colateral de um medicamento, isto não significa que ocorra com outros remédios que também possam exercer esse efeito adverso.
Os medicamentos que têm maior probabilidade de desencadear um quadro depressivo são os beta-bloqueadores geralmente usados em casos de hipertensão, corticoides, benzodiazepinas, remédios para tratar a doença de Parkinson ou anticonvulsivantes, por exemplo.Alguns dos remédios que têm maior probabilidade de induzir uma depressão são:
Classe terapêutica | Exemplos de princípios ativos | Indicação |
Beta-bloqueadores | Atenolol, carvedilol, metoprolol, propranolol | Diminuir a pressão arterial |
Corticoides | Metilprednisolona, prednisona, hidrocortisona, triancinolona | Reduzir os processos inflamatórios |
Benzodiazepinas | Alprazolam, diazepam, lorazepam, flurazepam | Diminuir a ansiedade, insônia e relaxar os músculos |
Antiparkinsonianos | Levodopa | Tratamento da doença de Parkinson |
Remédios estimulantes | Metilfenidato, modafinila | Tratamento da sonolência diurna excessiva, narcolepsia, doença do sono, fadiga e transtorno de deficit de atenção e hiperatividade |
Anticonvulsivantes | Carbamazepina, gabapentina, lamotrigina, pregabalina e topiramato | Prevenir convulsões e tratar a dor neuropática, desordem bipolar, distúrbios de humor e mania |
Inibidores da produção de ácido | Omeprazol, esomeprazol, pantoprazol | Tratamento do refluxo gastroesofágico e úlceras no estômago |
Estatinas e fibratos | Sinvastatina, atorvastatina, fenofibrato | Redução da produção e absorção do colesterol |
Nem todas as pessoas desenvolvem um quadro depressivo após o uso contínuo destes medicamentos. Entretanto, no caso do paciente apresentar sintomas como tristeza profunda, choro fácil ou perda de energia, por exemplo, deve consultar o médico que prescreveu o remédio para que ele possa reavaliar a necessidade do seu uso ou substituir o remédio por outro que não provoque os mesmos sintomas de depressão.
É importante saber que o surgimento da depressão pode não estar relacionada com os medicamentos que a pessoa esteja a tomar, mas sim com outros fatores.
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de Tua Saúde.
Foto destacada: Shutterstock.
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