A jornalista Sandra Annenberg, de 48 anos, revelou em entrevista à Contigo que já foi discriminada e sofreu preconceito e assédio sexual “como todas as mulheres”.
Ela disse que foi reagindo contra essas violências ao longo da vida: “Nós mulheres temos de provar muito mais que somos capazes. Todos os dias. É um trabalho de formiguinha conseguir conquistar esse espaço”
A apresentadora do Jornal Hoje ainda se afirma como feminista e disse ter sido criada por uma:
“Ser feminista é querer a igualdade de direitos entre todos os sexos. Socialmente, a mulher sempre teve um papel menor, profissionalmente menor ainda. Os salários são diferentes, sempre mais baixos, mesmo na mesma função de um homem.”
Jornalistas Contra o Assédio
Os últimos casos de violência contra a mulher no Brasil chocaram as pessoas e colocaram a cultura do estupro em pauta dentro dos diálogos cotidianos.
Começou-se a entender que casos como o estupro coletivo das meninas no Rio de Janeiro e no Piauí não são situações pontuais, mas recorrentes na vida de todas as mulheres, assim como caso de assédio sofrido pela repórter do iG quando entrevistava o cantor Biel.
Depois que o portal iG demitiu a repórter, mulheres jornalistas criaram um movimento espontâneo de indignação e empatia que tomou conta das redes sociais nesta semana do dia 20.
Mais de 4 mil jornalistas se mobilizaram em um grupo de discussão no Facebook em apenas dois dias, com o objetivo de mostrar que casos como o que ocorreu com a repórter são mais recorrentes do que se imagina.
E o mais importante: Não será aceito que as vítimas sejam culpabilizadas ou punidas.
As jornalistas Janaina Garcia e Thais Nunes tiveram a ideia de transformar a indignação em luta e campanha, daí surgindo a hashtag #JornalistasContraOAssédio e o vídeo-manifesto abaixo:
TEXTO ORIGINAL DE BRASILPOST