Com a pandemia de coronavírus se alastrando, escolas de todo o país foram obrigadas a fechar suas portas e adotar o método de ensino à distância, fazendo uso de aplicativos de videoconferência para promover o encontro entre alunos e professores. A prática traz uma série de desafios, como por exemplo, o fato de nem todos os professores estarem familiarizados com a tecnologia, mas, sem sombra de dúvida, o maior problema de todos é o fato de que muitas famílias brasileiras ainda não dispõe de serviço de internet em casa ou mesmo não tem dispositivos eletrônicos. Dada a situação, como fazem essas crianças para continuarem tendo acesso à educação?
A menina Isabel Cravicz, de 10 anos, teve que dar seu jeito. Ela está no 5º ano do Ensino Fundamental, e por não contar com internet em casa, vai todos os dias até o sítio do vizinho para poder ter acesso a internet e conseguir estudar.
Isabel reside na área rural de Roncador, na região central do Paraná. A menina é uma apaixonada pela educação e nunca mediu esforços para chegar a escola, na cidade.
“Às vezes o ônibus quebrava e eu chegava atrasada na escola. Por ser meu último ano queria aproveitar bem, mas não estou podendo por conta dessa pandemia”, contou a estudante ao G1.
Isabel contou que quando vieram as aulas à distância, ela não conseguia assistir porque o sinal de internet ainda não chega à casa da família.
“Meu pai foi atrás de internet, porque moro no sítio, e não tinha lugar que tivesse aparelho para colocar internet na minha casa. Fiquei triste porque não ia conseguir”, relatou Isabel.
Foi aí que a família de Isabel conseguiu emprestado o sinal de internet de um vizinho, mas o caminho até a propriedade rural é longo.
Para chegar até lá todos os dias, Isabel sai de casa cedinho junto com a mãe. Juntas vão atravessando propriedades rurais até chegar ao lugar onde a menina consegue se aproximar da escola.
“Tenho que passar por duas porteiras e ir pelo pasto, até chegar na minha cabana”, detalhou.
Usando dua imaginação, a pequena fez do lugar uma sala de aula improvisada, e pelo celular vê o conteúdo, as aulas e tem o contato com os professores.
Segundo o G1, a cabana foi a opção encontrada pela família da Isabel para proteger a menina do sol, e também para garantir a proteção do casal que cedeu o sinal de Wi-fi. Eles são idosos, e portanto, pertencem ao grupo de risco para a Covid-19.
“A minha rotina não é fácil porque eu acordo, ajudo minha mãe no serviço de casa, tem dia que faço a tarefa, aí vou almoçar. Depois tem que vir aqui para estudar. A minha mãe presta atenção na aula e quando eu tenho dúvida ela me ajuda. Estou conseguindo fazer, do meu jeito, mas estou fazendo”, afirma Isabel.
“No começo a gente achou que não ia conseguir porque não tinha internet. Não é fácil, não está fácil para ninguém, mas juntos a gente vai vencer, só ter vontade”, enfatizou a mãe de Isabel, Neusa Chalaga Cravicz.
“Todos os dias ela vem aqui e continua os estudos dela. Os pais que incentivem seus filhos a fazer isso também”, ressaltou Luís Cravicz, pai da menina.
A esforçada menina de 10 anos que luta como pode para garantir sua educação ainda aproveitou para deixar um recado para todos os seus amigos e para todas as crianças do Brasil: “Mesmo com dificuldade, todos nós vamos conseguir juntos e vamos vencer essa batalha. Espero voltar para escola e encontrar os meus amigos”, concluiu a estudante Isabel Cravicz.
***
Destaques Psicologias do Brasil, com informações de G1.
Foto destacada: eprodução/RPC.
Uma pequena joia do cinema que encanta os olhos e aquece os corações.
Uma história emocionante sobre família, sobrevivência e os laços inesperados que podem transformar vidas.
Você ama comprar roupas, mas precisa ter um controle melhor sobre as suas aquisições? Veja…
Qualquer um que tenha visto esta minissérie profundamente tocante da Netflix vai concordar que esta…
Além de ameaçar os relacionamentos, esta condição psicológica também pode impactar profundamente a saúde mental…
Aos 64 anos, Elaine Macgougan enfrenta alucinações cada vez mais intensas conforme sua visão se…