Não dá para entender por que muitos de nós insistimos em manter por perto pessoas cuja presença não traz nada – ou quase nada – de bom. Nosso propósito maior deveria ser a busca incansável da felicidade, onde e com quem estivermos, porém, muitas vezes teimamos em afastar de nossas vidas quem nos traria paz e serenidade, enquanto cultivamos relacionamentos tóxicos, sejam amizades, sejam namoros, ou o que quer que seja.
Logicamente, teremos que conviver com gente desagradável, por força de um trabalho, de um lar, de ambientes em que estaremos frequentando, ainda que momentaneamente. As regras da boa convivência, afinal, tendem a nos obrigar a praticar o exercício da tolerância com aqueles que não sabem ser menos do que desagradáveis e com os quais necessitamos manter um mínimo de educação, a fim de que não coloquemos a perder alguns setores de nossas vidas, como a família, ou o emprego.
Felizmente, temos várias oportunidades de manter por perto aquelas pessoas que nos tornam mais felizes, que trazem luz às nossas escuridões, que sabem ouvir e falar na medida exata de nossas necessidades pessoais. Nem é preciso muita intimidade, para que os seres iluminados consigam nos levantar os ânimos, aconchegando nossas tristezas em colo acalentador e reconfortante. Essas pessoas valem ouro.
Mesmo que tenhamos que aturar a permanência de gente desagradável em certos ambientes, por determinadas horas, ainda nos restarão outros ambientes e outros momentos que poderemos desfrutar junto a quem de fato nos acrescenta dignidade e alegria. Sempre poderemos selecionar quem sairá conosco a uma balada, com quem trocaremos mensagens, quem virá nos visitar, quem dividirá o que temos de mais precioso sem fazer mau uso de nada daquilo que compartilharmos.
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