Uma pesquisa feita na Universidade de Brigham Young, nos Estados Unidos, com alunos do primeiro ano do ensino médio mostra aquilo que muitos já suspeitavam: ser escolhido por último na aula de Educação Física pode ter profundos impactos emocionais nos jovens estudantes. O estudo, publicado no periódico The Physical Educator, propõe uma alternativa ao clássico método de escolha pública de times — aquela em que o professor ou os próprios alunos selecionam em voz alta aqueles que entram ou não na equipe.
Segundo o autor do artigo, David Barney, apesar da atitude não interferir no jogo em si, ela acaba magoando desnecessariamente os alunos. Ele afirma que a maioria das respostas dos garotos entrevistados para a pesquisa indicava que eles não gostavam do formato, mas como os professores queriam fazer assim, eles acabavam aceitando.
“Você pode escolher os times para um jogo de basquete e em dois dias ninguém irá se lembrar quem ganhou. Mas [as crianças] irão se lembrar de como se sentiram, elas se lembram de que foram escolhidas por último”, explica Barney.
Para o professor, uma medida muito mais efetiva e saudável é fazer a escolha de forma privada. Ou seja, os times são escolhidos antecipadamente pelo professor de Educação Física, e só são anunciados na hora de jogar a partida.
Barney acredita que dessa forma os alunos não se sentem excluídos, aumentam o círculo de amizades e ainda por cima é uma economia de tempo. Os estudantes, portanto, não avaliariam seu sucesso com base no tempo que demoram para serem escolhidos, e sim no progresso pessoal.
O professor também estimula a utilização de música durtante as atividade. Em outra pesquisa, ele mostra que alunos entre nove e dez anos aproveitam quase seis vezes mais a aula quando há música tocando. Barney agora está investigando adultos fisicamente ativos para ver exatamente o que os motivou a continuar praticando esportes.
Imagem de capa: Shutterstock/Lucky Team Studio
TEXTO ORIGINAL DE REVISTA GALILEU
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