Por Eliara Coelho Magalhães Valadão.
A psicologia contemporânea não aceita profissionais que teorizam sem prática. O contato com o contexto, onde é flamada a necessidade de atualização de técnicas e conhecimento de pesquisas, é personificado por clientes que iriam, em teorias desatualizadas, serem passivos. E senhores e senhoras, mestres e doutores deparam com a realidade que: nada valem as nomenclaturas sem a contínua sede do saber. E, como inclui nosso estudo da teoria de Darwin, isso se realiza em seleção natural. Seleção natural do novo ciclo, o contemporâneo, onde a tecnologia impregnou uma ansiedade por descobertas de minúsculos microchips e elétrons desalinhados que os cientistas ainda são incapazes de decodificar. Assim, as notícias correm muito rápidas e as tecnologias estão cada dia mais avançadas. Desenfreadas ideias conseguem ganhar credibilidades públicas pela constante necessidade do novo. O novo surge em conexão a alguma existência anterior que não conseguiu o êxito possível para (as então) necessidades mutadas.
Tudo muito rápido e ao mesmo tempo devagar demais para as paciências mal treinadas. Assim criamos, ou permitimos criar, a geração fast-food, na qual a necessidade de estar suprindo imediatamente a vontade é mais intrínseca que a busca pela conquista que revigora. Ter moradia, alimento, transporte e medicamento para toda a nação requer trabalho coletivo para sair da utopia. É como estar humanamente cuidando do que possuímos e do que precisamos. Um apontamento relevante do IBGE aponta esta questão que temos no Brasil: o excesso de peso passou de 3,7% (1974-75) para 21,7% (2008-09).
Estamos em excesso de peso, em desperdício de água e alimento e mesmo assim com pessoas deficientes de nutrição e saneamento. Tudo isso num mesmo país. O que dirá se abrangermos mais visualizando como estão os países vizinhos? Podemos e temos muito a trabalhar. Mas, onde estão os gestores para promover o encontro destas ofertas com as necessidades? Como é possível isso? Quem se habilita? Ousar denominar-se habilitado para tanto é um grande desafio! É mais fácil fazer perfil de mau por estar insatisfeito com o mal feito alheio. Mas a maneira que podemos trazer o bem feito é em colaboração. Ajuda-nos em algumas compreensões conseguirmos visualizar uma questão utilizada em antigo provérbio editando-o invertido: um dia do caçador outro da caça e também compreendê-lo como habitual: um dia da caça outro do caçador. Poder inverter os papéis pode ser lógico, mas escrevê-los possibilita uma compreensão diferente. Aumentar a conscientização e mobilidade, segundo Perls, precursor da gestalt-terapia, é a maneira para ampliar a autoescolha e a autoação. E se colocar-nos a busca de ir construindo os planos, com as possibilidades individuais e os recursos que podem ser revigorados. O que será que acontece? Mas as notícias correm muito rápido! Exclamei acima. E será que correm as necessárias? Profissionais, junto com descrever uma realidade, precisamos cultivar o ânimo, que são, habitualmente, imperceptíveis a uma visão humana, mas que possibilita concretizar benfeitorias. E onde está o nosso maior juramento de compromisso, psicólogos, médicos, cientistas, gestores de lares e de nações senão o de promover para que nossos assistidos consigam trabalhar a busca de suas sobrevivência e benfeitorias. A possibilidade do descobrir “Como” só virá em programas de participação coletiva, pelas quais individuais habilidades compartilham com todos sua conexão para as melhorias que almejamos.