Ser Terapeuta.

Por Deise Azevedo

Ser psicoterapeuta é saber ouvir sem julgar. É compreender as diferenças dentro do sistema e perceber onde está o sintoma e a “dor” que isso causa a todos os seus integrantes. É ver o homem como um ser que global, um ser que interage, e nessa interação se modifica e é modificado.

Ser psicoterapeuta é auxiliar sem dar respostas prontas; direcionar sem preconceitos ou imposições de ideias acabadas. Pois somos seres em construção, e a cada dia aprendemos com as nossas próprias escolhas, que consistem em “acertos e erros” conforme a visão de cada pessoa.

Ser psicoterapeuta é ter uma visão humanizada e entender que cada pessoa tem sua subjetividade, sua forma de viver. Além disso, entender que na sua loucura o homem continua sendo um ser humano, um ser que está buscando uma saída, mesmo que inconscientemente, para expressar sua angústia dentro de um sistema doente.

O psicoterapeuta valoriza a liberdade de expressão e com isso percebe que qualquer sentimento manifesto tem a mesma importância reveladora de sentidos e significados. Esses sentimentos, às vezes, são tão profundos para a pessoa que expressa, que até parece banal para a sociedade. Sendo assim, o que parece ser mais absurdo passa a ser compreendido com um olhar de igualdade, de valorização ao que é inerente à vida humana.

O psicoterapeuta se olha e percebe que é um ser frágil. Um ser que pode ter todos os sentimentos de um ser mortal. É capaz de reconhecer suas falhas e buscar ajuda de outros seres com a mesma missão: “buscar a função do sintoma manifesto”. Assim, é possível enxergar que o humano vivencia desafios constantes. Desafios para se colocar como pessoa que tem direitos de viver intensamente, chorar, sorrir, amar, desejar, enfim, viver como um ser que é humano.

 

CLÍNICA DE PSICOLOGIA DEISE AZEVEDO

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