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Série perigosamente atraente da Netflix vai dar fôlego às suas noites a dois

A série “Sex/Life”, criada por Stacy Rukeyser e disponível na Netflix, explora os dilemas entre o desejo e a estabilidade emocional, trazendo uma narrativa ousada sobre amor, paixão e autodescoberta. Baseada no livro “44 Chapters About 4 Men” de B.B. Easton, a trama acompanha Billie Connelly (Sarah Shahi), uma mulher dividida entre o conforto de sua vida familiar nos subúrbios e o desejo avassalador despertado por um antigo amor.

Billie, casada com o atencioso e bem-sucedido Cooper (Mike Vogel), parece ter tudo que muitas mulheres desejam: uma família amorosa, estabilidade financeira e uma casa perfeita. No entanto, sua vida perde o brilho diante da monotonia doméstica, levando-a a revisitar memórias de seu ex-namorado, Brad (Adam Demos), um músico carismático que personifica sua versão mais livre e selvagem.

O ponto forte de Sex/Life é sua abordagem honesta, ainda que exagerada, das fantasias e desejos reprimidos que muitos evitam discutir. A série mergulha em temas como insatisfação conjugal, liberdade feminina e os desafios de equilibrar maternidade e individualidade.

A atuação de Sarah Shahi é um dos destaques, entregando uma performance que captura a complexidade emocional de Billie. Já Adam Demos e Mike Vogel oferecem um contraste eficaz: Brad é a tentação personificada, enquanto Cooper é o retrato da segurança e previsibilidade.

Apesar de sua premissa intrigante, Sex/Life frequentemente recorre a diálogos clichês e reviravoltas previsíveis, o que dilui parte do impacto emocional. A fotografia estilizada e a trilha sonora envolvente ajudam a criar um ambiente sedutor, mas nem sempre sustentam os momentos mais melodramáticos da narrativa.

A série provocou grande repercussão, especialmente por suas muitas cenas ousadas. No entanto, essas escolhas não foram suficientes para mascarar as falhas de roteiro e a superficialidade de algumas subtramas.

Com uma segunda temporada que tentou resgatar a profundidade emocional dos personagens, Sex/Life manteve seu apelo entre fãs que apreciam dramas com altas doses de sensualidade, mas não conseguiu inovar o suficiente para conquistar um público mais amplo.

Sex/Life é uma série ideal para quem busca uma narrativa provocativa e sensorial, embora suas limitações narrativas possam afastar espectadores mais exigentes. Um convite para refletir sobre os desejos que moldam nossas vidas, ainda que, às vezes, pareça mais preocupado em chocar do que emocionar.

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